Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

O BRASIL É INOCENTE

 por Percival Puggina.
Instalou-se entre nós uma justificada sensação de que os problemas são maiores do que nossa capacidade de os resolver e de que face os males do corpo social e político nacional, os anticorpos institucionais são insuficientes para combater as células malignas que o acometem.
Creiam-me, o Brasil é inocente, totalmente inocente. Inapto a qualquer protagonismo, o país, como tal, é vítima e não culpado dos males de que é acusado. Tudo que costumamos dizer sobre o Brasil, deveríamos transferir, por ação ou omissão, à sociedade brasileira. E esse é um dos aprendizados mais urgentes.
Nossas culpas são muitas e efetivas como nação. Não, não me atolarei no lugar comum de atribuir indiscriminadamente à sociedade o lixo arremessado pela janela do carro, a buzinada no trânsito e a venda sem nota. O que trago é muito mais sério. Refiro-me, entre outros desvios, à infeliz tentativa de criar um humanismo sem Deus porque o "politicamente correto" coíbe toda referência a Ele em espaço público. Refiro-me a uma sociedade que tem o dedo duro para as imperfeições alheias e jamais aponta o próprio peito por considerar mórbido e pernicioso examinar a consciência. Refiro-me a uma sociedade que busca a perfeição nas coisas exteriores, que usa o espelho, os cosméticos e a academia para fazer porcelana do barro de que é moldada, mas teme olhar fundo nos próprios olhos.
Ora, a qualidade que pertença ao todo de um corpo social se faz da qualidade das pessoas que o compõem; em nenhuma organização humana haverá qualidade que não esteja fundada nos atributos de seus membros, em todos os seus níveis. Não há como nem por que ser diferente em relação a uma nação.
Todos desejamos um Congresso Nacional composto por pessoas probas, responsáveis, competentes e dedicadas ao interesse público. Se tal anseio fosse atendido, nossas dificuldades institucionais, sociais e econômicas já estariam resolvidas. No entanto, a maior parte dos cidadãos brasileiros, na hora de escolher um parlamentar, busca alguém para cuidar dos seus interesses. E quanto mais privados forem, melhor. É assim que a alguns se creditam e perpetuam privilégios enquanto a conta segue, inexoravelmente, a débito de todos os demais, incluídas as gerações futuras.
Num viés oposto, salutar, ao escolherem no leque de alternativas proporcionado pelos candidatos a uma determinada cadeira, os eleitores interessados no bem do país deveriam orientar sua opção àquele com cujas opiniões melhor se identifiquem. E não por convergência de interesses pessoais ou corporativos. Para despachante de interesses qualquer um serve.
A inversão na natureza do mandato parlamentar é, também ela, uma forma de corrupção, problema de natureza moral, que atinge a finalidade mesma da política, corroendo a ideia de representação e originando um paradoxal filho da hipocrisia. Refiro-me ao eleitor - e como ele é típico! - que elege alguém para cuidar de si e fica indignado quando percebe seu parlamentar fazendo exatamente a mesma coisa, dedicado a seus próprios negócios ou negociatas.
No dia em que tais compreensões alcançarem parcela expressiva da sociedade brasileira muitos patifes que só causam dano à pátria perderão suas cadeiras.

















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"Melhor do que nada",

editorial do Estadão
A reforma política, como era esperado, de reforma não terá nada. Pelo andar da carruagem, serão aprovadas medidas que apenas reduzem um pouco as tremendas distorções do sistema eleitoral atual. Seja como for, comparando-se ao monstrengo ao qual se pretendia dar vida quando a discussão começou, pode-se dizer que houve algum avanço – produzido, enfatize-se, pela reação negativa da opinião pública à esperteza dos políticos interessados em facilitar a manutenção de seus mandatos e dos meios de financiar suas campanhas sem fazer força.
Em votação na quarta-feira passada, a Câmara retirou do texto da reforma política o valor estabelecido para o fundo público a ser criado para o financiamento eleitoral. No texto original, pretendia-se destinar nada menos que 0,5% da receita corrente líquida da União, resultando em algo em torno de R$ 3,6 bilhões.
Isso significa que, se vier a ser aprovado, o tal fundo terá seu valor estabelecido na discussão sobre o Orçamento. Pode-se prever que haverá dificuldades para justificar essa despesa diante das grandes prioridades nacionais, especialmente levando-se em conta que há um teto obrigatório para os gastos públicos.
O clima no Congresso indica que os parlamentares estão conscientes da dificuldade de convencer os eleitores a permitir a criação do fundo mesmo com a exclusão do bilionário valor preestabelecido. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a aprovação, hoje, “é muito difícil” – e sugeriu que os candidatos na eleição de 2018 “comprem um bom celular de alta definição”, para reduzir os custos de produção da propaganda eleitoral. À parte a blague, Maia admite que campanhas mais baratas serão “uma boa experiência”, pois resultarão em algo “mais próximo da realidade da vida das pessoas do que essas campanhas milionárias”.
Assim como não há hoje votos suficientes para aprovar o fundo eleitoral, também parece não haver para aprovar o chamado “distritão”, mecanismo esdrúxulo em que cada Estado se torna um distrito eleitoral e são eleitos os candidatos mais votados. Na prática, a eleição à Câmara passaria a ser majoritária, favorecendo os caciques partidários, os atuais mandatários e os nomes mais famosos, em detrimento dos partidos e de seus programas.
Enquanto essas manobras vão perdendo força, avançam no Congresso algumas medidas simples que podem ter efeito saneador no sistema eleitoral e de representação, a depender de seu formato final. A comissão de reforma política na Câmara aprovou o texto-base de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com as coligações partidárias e estabelece cláusula de desempenho já para as próximas eleições. Segundo a PEC, partidos que não atingirem 1,5% dos votos válidos nacionalmente, em pelo menos nove Estados, não terão representação no Congresso. O porcentual vai aumentando gradativamente, a cada eleição, até chegar a 3% em 2030.
O texto prevê ainda que os partidos poderão formar federações. À primeira vista, trata-se de uma maneira de assegurar que partidos ameaçados de extinção em razão da cláusula de desempenho possam sobreviver e continuar a usufruir dos recursos do Fundo Partidário. Mas o formato das federações, ao obrigar que seus integrantes tenham “afinidade programática” entre si e que permaneçam unidos ao longo de toda a legislatura, reduz em teoria a possibilidade de formação de alianças escalafobéticas cujo único objetivo é ganhar eleições – tal como acontece hoje, quando o eleitor que vota em um partido nem sabe que seu voto ajuda a eleger candidatos de outras legendas cuja plataforma, quando existe, é completamente diferente daquela que apoia. Em compensação, a comissão aprovou uma tal de subfederação que, na verdade, anula os efeitos das federações sobre o sistema eleitoral. É um fantasma a ser esconjurado.
Essas poucas medidas são obviamente insuficientes para resolver os problemas de fundo do nosso modelo de representação, mas ao menos obrigam os partidos políticos a pensar um pouco mais no eleitor, se quiserem sobreviver.












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"Lula, o dilema do PT",

por Helio Schwartsman Folha de São Paulo
É difícil a situação de Luiz Inácio Lula da Silva. A menos que ele decida fazer um improvável "mea culpa" público, admitindo, no mínimo, que se meteu em relacionamentos inadequados com empresários que já confessaram estar envolvidos até a medula em corrupção, só lhe resta mesmo esbravejar contra a Lava Jato e os jovens promotores. Ele precisa tentar pintar os processos a que responde como uma perseguição política.

O primeiro problema é que esse discurso só soa verossímil para os eleitores que já simpatizam mais fortemente com o PT, uma parcela da população que não excede os 30%. As taxas de rejeição ao ex-presidente são superiores a isso, ficando em torno dos 50%. Não é uma coincidência que ele tenha de limitar suas caravanas às áreas do Nordeste onde ainda goza de forte popularidade.

É um cenário que o transforma num excelente candidato para chegar ao segundo turno e nele ser derrotado por um oponente que desperte menos animosidade na maioria da população. Sua melhor chance, senão a única, seria disputar o segundo escrutínio contra alguém ainda mais polêmico, isto é, contra Jair Bolsonaro. Eu não me surpreenderia se alguns petistas mais dados ao pensamento estratégico, levando a dissonância cognitiva a extremos, descarregassem seus votos de primeiro turno no ex-militar.

O segundo problema de Lula é que são grandes as chances de a Justiça bloquear sua candidatura. Nesse caso, o PT precisará lançar um outro candidato —que, ao que tudo indica, seria Fernando Haddad e aí o discurso anti-Lava Jato do partido tende a tornar-se contraproducente. A melhor chance de a legenda voltar a ser viável em eleições majoritárias é admitir honestamente seus erros e tentar mostrar que aprendeu algo com eles. A presença de Lula como líder máximo e inconteste do partido praticamente inviabiliza esse caminho



















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REINCIDE QUEM ESTÁ SOLTO

por Miguel Lucena.
 O índice de reincidência criminal é de 70%, e esse dado leva criminólogos à conclusão de que a pena de reclusão está falida, não resolve o problema. A saída é investir em penas alternativas.
Quem presencia os discursos tem a impressão de que as cadeias estão abarrotadas de pessoas que cometeram delitos sem violência, como furto, estelionato, fraudes diversas, apropriação indébita e lesão corporal. Ninguém fica preso por isso. As penas para esses crimes são alternativas à prisão.
Evidente que há um inchaço provocado pela prisão de traficantes de drogas – são 138 mil detentos dessa modalidade de crime. Este é um assunto que merece ser tratado à parte e deve ser o xis da questão, mas poucos o abordam abertamente por falta de coragem de assumir posições.
O restante da população carcerária é composto por presos perigosos – assaltantes, latrocidas, estupradores e assassinos. Desses, somente os que cometem homicídios pela primeira vez, sem relação com outros crimes, como disputa pelo tráfico de drogas e acertos de contas, têm reais chances de se recuperar.
A reincidência criminal não é em decorrência da prisão, mas da soltura antes do cumprimento da pena, porque, se os criminosos estivessem recolhidos, não estariam delinquindo nas ruas. Desencarcerar, como alternativa à construção de mais vagas no sistema prisional, representa um ônus a mais para a sociedade.
As escolas não ensinam mais – passam uma infinidade de deveres de casa para meninos que não têm a quem recorrer em casa, porque a mãe está trabalhando ou é analfabeta e o pai foi embora -, os loucos já foram liberados e andam por aí e agora querem libertar os criminosos.
Quem quiser que se defenda por conta própria.

* Miguel Lucena é delegado de Polícia Civil do Distrito Federal e jornalista.
** Publicado originalmente no Diário do Poder
















































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MEDIDAS ALVISSAREIRAS

por Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico.
 ANOS-LUZ
Não é preciso ser um liberal para perceber que a distância que separa o ideário político, social e econômico do governo Temer de tudo que o ideário liberal prega é simplesmente astronômica. Algo como 15 ou 20 mil anos-luz, certamente.
DUPLA CRIMINOSA
Entretanto, como liberal convicto, ao comparar o que está sendo feito com tudo que, propositadamente, fez a criminosa e destrambelhada dupla petista Lula/Dilma -do atraso-, não tenho como não aplaudir, de pé, as atitudes e decisões que o presidente Temer e sua equipe vêm informando e/ou propondo, na tentativa de tirar o nosso país do processo falimentar.
ROMBOS SUCESSIVOS
É inegável que as alvissareiras e importantes decisões e/ou proposições que vem sendo constantemente anunciadas pelo governo Temer, se fazem necessárias, principalmente, porque as contas públicas escancaram ROMBOS absurdos, sucessivos e impagáveis.
CAOS COMO ALIADO
Sabem muito bem os leitores que não foram poucos os editoriais onde afirmei que o grande aliado das reformas e decisões importantes é o CAOS. Esta situação de descalabro total só passa a ser realmente sentida quando os problemas chegam ao fim da linha, ou seja, não há mais como serem empurrados para frente.
FORÇA MOTRIZ
É, portanto, mais do que notório que a FORÇA MOTRIZ que está impulsionando esta boa onda de anúncios de privatizações e/ou concessões de serviços públicos à iniciativa privada é a enorme dificuldade de CAIXA. O CAOS, enfim, tem se revelado como ferramenta útil e importante para fazer do Brasil uma país melhor e capaz de se desenvolver.
FELICIDADE
A minha felicidade, faço questão de registrar, reside no fato de que Temer vem tomando medidas que levam o Brasil a trilhar um caminho bem diferente daquele que a dupla Lula/Dilma petista mais queria: implantar o regime ditatorial-comunista de Cuba e Venezuela.
ABANDONO DA MATRIZ BOLIVARIANA
Com Temer, queiram ou não, só pelo fato de ter abandonado a tétrica Matriz Econômica Bolivariana, a economia passou a dar sinais claros e muito evidentes de que pode sair da encrenca em que foi submetido, ainda que nada tenha de liberal.
FAÇA CHUVA OU FAÇA SOL
É extremamente importante, saudável e necessário que todos os brasileiros lutem com todas as suas forças para impedir a aprovação da proposta que criam despesas, como acontece com o nojento FUNDO PARTIDÁRIO, no valor de 3,6 bi. Entretanto, o que lamento muito é a falta total de indignação do povo com relação ao INJUSTO custo da Previdência, cujo rombo previsto para este ano já chega perto de 400 bilhões.
DETALHE: o rombo da PREVIDÊNCIA gera um custo 100 vezes maior do que o valor do Fundo Partidário. Com um detalhe: na Previdência o rombo acontece todos os anos, faça chuva ou faça sol.







































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Lula é candidato a cabo eleitoral

Com Blog do Noblat - O Globo
 Uma coisa é o que Lula e os principais líderes do PT dizem para consumo externo, principalmente dos eleitores cativos dos dois. Outra é o que dizem para consumo deles mesmos.
Para consumo externo, Lula é candidato à sucessão do presidente Michel Temer. E como candidato se comporta ao sair em caravana por 25 cidades de nove Estados do Nordeste.
Para consumo interno, Lula e seus interlocutores concordam que são ralas as chances de ele não ser condenado na segunda instância da Justiça, o que o impedirá de ser candidato.
Assim, Lula está em campanha para ser o mais forte cabo eleitoral que um candidato da oposição possa ter – de preferência, um candidato do PT.
É aí que entra o nome de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, o petista com o perfil mais palatável para uma maioria de eleitores conservadores que rejeita os políticos em geral.
É remota a possibilidade de o PT abrir mão de disputar a eleição presidencial do próximo ano com um candidato próprio. E Ciro Gomes (PDT), que ofereceu a vice ao PT, sabe disso.
No segundo turno, o jogo será outro. Se Haddad ficar de fora, o PT apoiará o candidato que se opuser ao governo Temer e ao candidato das forças reunidas pelo PSDB.
Esse candidato, nas contas do PT, será o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a não ser que até lá ele seja tragado pela Lava Jato. Haddad acredita que Alckmin escapará incólume.

Para o PT o que verdadeiramente importa é não ser varrido do mapa eleitoral. Não passar pelo vexame que viveu nas eleições municipais do ano passado, quando elegeu poucos prefeitos.


















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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

"Os pixulecos de Lula",

 por Mary Zaidan Com Blog do Noblat - O Globo
Pronto. Não há mais dúvidas: José Sarney e Renan Calheiros são essenciais para o sucesso de um governo. Essa foi a mensagem do ex Lula em entrevista a emissoras de rádio de Pernambuco, ponto de parada de sua caravana de campanha pelo Nordeste. Alegria pura para o neolulista Renan, acossado por 13 inquéritos e réu em um deles.
No Recife, sem qualquer pudor de exibir a sua farsa, Lula convocou a esquerda para eleger mais deputados, incluindo aí o PCdoB, o PSOL, o PSTU e “a esquerda do PMDB”.

Renan, um dos algozes da presidente deposta Dilma Rousseff, pupila de Lula, se imagina líder dessa facção opositora ao impopular peemedebista Michel Temer, a quem jurou lealdade na solenidade de posse com um inesquecível “tamo juntos”.
Ao se reaproximar de Lula, o senador alagoano apenas repete o seu conhecido drible. Não para definir a partida, mas para se manter na área de quem paga mais ou tem alguma chance de vencer a peleja.
Foi o principal líder de Fernando Collor e abandonou o chefe pouco antes do impeachment. Aderiu a Fernando Henrique Cardoso, assumindo o Ministério da Justiça, para desespero do então governador de São Paulo, Mario Covas, a quem o camaleão Calheiros jamais enganou. De FHC para Lula foi um pulo. Manteve-se fiel também a Dilma até que a popularidade dela despencou.
Batalhou pelo expurgo da afilhada de Lula, mas, sendo Renan, teve protagonismo na esdrúxula decisão inconstitucional de manter os direitos políticos da presidente afastada.
Em um átimo saltou para Temer; agora para os braços de Lula. E, se a tese colar, assume a liderança anti-Temer com a charmosa nomenclatura de “esquerda do PMDB”, adorno criado por Lula, expert em utilizar o verbete esquerda e dele se beneficiar.
O mais incrível é não haver qualquer reação dos reais ideólogos de esquerda – se é que eles ainda existem – à banalização não só do vocábulo, mas do pensamento que se imaginava liberto e progressista.
Desde sempre Lula conferiu à esquerda os significados que desejou e os mais apropriados para cada momento, usando-a a seu bem prazer, sem que isso causasse qualquer estranheza.
Embora reincidente – colocou-se ao lado de Paulo Maluf para eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo e associou-se a Collor --, vê-lo hoje, sem a desculpa da “governabilidade”, incluir Sarney e avalizar Renan entre os peemedebistas de esquerda ainda na fase de pré-campanha desafia até o mais criativo dos surrealistas.
Ainda que possa surtir efeito futuro – o que é duvidoso - a tática de afago agride a sua própria turma.
Em um só lance Lula desagradou fiéis e aliados do Nordeste e fora dele. Em Alagoas, virou fiador do grupo de Renan, odiado pelos petistas e pela “esquerda” que o ex diz querer atrair. Em Pernambuco, conseguiu atiçar a rivalidade entre o PSB e o PT. E no Maranhão, onde a caravana ainda não chegou, já causa desconforto ao time do governador Flávio Dino (PCdoB), que se elegeu em oposição ao clã Sarney.
Acostumado com o sorriso da sorte, desta vez Lula deu azar. Na sexta-feira, mesmo dia em que acariciou publicamente Sarney e Renan, os dois foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República, (Renan pela 14ª vez), obrigando o ex à incômoda comparação de ambos a ele – “se eu quero pra mim a inocência até que se prove o contrário eu tenho que querer para os outros também”.
Com discurso batido, repetitivo, cuja atratividade depende quase que exclusivamente de arroubos verbais, Lula tem feito enorme esforço para reinventar sua liderança de massas, hoje reduzida a grupos de fiéis, anos-luz de distância das multidões que já teve a seus pés, que imaginara e gostaria de reeditar.
Enquanto tenta, Lula – réu em cinco ações penais e condenado em uma delas – iguala-se aos seus: estufa os egos de gente como Sarney e Renan, mais palatáveis como pixulecos infláveis do que como representantes do povo.












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O BÁSICO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O GOVERNO, EM DUAS HISTÓRIAS

por Daniel Mitchell.
Em 2016, na Bielorrússia, empreendedores que operam no mercado negro — chamados pelo governo de "contrabandistas" pelo simples fato de transportarem frutas (sim, frutas) sem pagar taxas e tributos e, assim, alimentarem consumidores desejosos — atribuíram a si mesmos a tarefa de aprimorar suas rotas de transporte.
Como a estrada estatal que utilizavam — de Minsk a Moscou — era de cascalho e apresentava péssimas condições de rodagem, encarecendo o preço final de seus produtos, eles arregaçaram as mangas e foram às obras: pavimentaram a estrada, alargaram, e acrescentaram vários entroncamentos e pontos de retorno para aumentar e melhorar o acesso de seus caminhões pesados (frutas pesam muito).
Esse projeto, inicialmente secreto, foi rapidamente recompensado com um acentuado aumento no volume de tráfego.
Depois que tudo estava pronto, o governo não só encampou e retomou o controle da estrada até então abandonada, como ainda colocou uma barreira alfandegária no local.
A questão é: se operadores do mercado negro podem exitosamente construir uma estrada clandestinamente, imagine então o que empreendedores "legítimos" seriam capazes de construir abertamente?
O The Moscow Times conta toda a história:

Contrabandistas secretamente reformam estradas para impulsionar os negócios.
Quadrilhas contrabandeando bens para a Rússia reformaram, clandestinamente, uma estrada na fronteira com a Bielorrússia a fim de impulsionar os negócios.
Os contrabandistas transformaram a estrada de cascalho na região de Smolensk com o intuito de ajudar seus pesados caminhões a trafegarem pela rota, disse Alexander Laznenko, da agência alfandegária da região de Smolensk. O grupo criminoso pavimentou, alargou e elevou a estrada, além de acrescentar vários entroncamentos e pontos de retorno, disse ele.
A estrada, que liga Moscou à capital bielorrussa Minsk, é conhecida por ser utilizada por contrabandistas que querem evitar os postos alfandegários. Agora, ela está sob vigilância oficial.
Recentemente, um comboio de caminhões foi interceptado na estrada carregando 175 toneladas de frutas polonesas estimadas em 13 milhões de rublos (US$ 200.000). As frutas foram destruídas.
Os guardas da fronteira, os oficiais da alfândega e os policiais já pararam mais de 73.000 veículos entrando na Rússia oriundos da Bielorrússia este ano, disse Laznenko, alegando que o número de veículos pesados cruzando a fronteira vindos da Bielorrússia aumentou dramaticamente no último ano.
Os intervencionistas sempre perguntam: sem o governo, quem irá construir as estradas?
A resposta sempre foi a mesma: qualquer empreendedor que veja ali uma oportunidade de lucro.
E a oportunidade de lucro na construção de uma estrada é tamanha, que até mesmo pessoas que operam à margem da lei farão isso.
A vez do Canadá
O exemplo acima tratou do confisco estatal de uma infraestrutura construída por indivíduos que alguns podem considerar "criminosos". Sendo assim, há quem apóie tal medida.
Mas o que dizer do confisco de um empreendimento completamente lícito e até mesmo humanitário?
Eis que entra em cena o Canadá. Sim, o invejado e civilizado Canadá. Vem de lá o mais recente exemplo da (falta de) eficiência e racionalidade do aparato estatal.
Este fato ocorrido em Toronto é um poderoso exemplo da diferença entre ação governamental e atuação privada.
Cidadão de Toronto constrói escadas em um parque por $ 550 — e irrita a prefeitura, que havia estimado o projeto em $ 65.000

Um cidadão de Toronto, que gastou $ 550 do próprio bolso construindo uma escada para facilitar o acesso a um parque comunitário, diz não ter nenhum arrependimento. A prefeitura diz que ele deveria ter esperado pela execução de um projeto, que custaria algo entre $ 65.000 e $ 150.000, para a mesma escada, a ser efetuado pelo poder público.
O mecânico aposentado Adi Astl diz que ele tomou a iniciativa por conta própria após vários vizinhos terem caído e se machucado ao tentarem descer o íngreme acesso ao parque comunitário Tom Riley, no distrito de Etobicoke, Toronto. Astl disse que seus vizinhos voluntariamente deram dinheiro para o projeto, o qual acabou custando apenas $ 550 — valor muito aquém dos $ 65.000 a $ 150.000 estimados pela prefeitura para a consecução da obra. [...]
Astl diz que contratou um sem-teto para ajudá-lo e construiu os oito degraus em poucas horas. [...] Astl afirmou que os membros do seu grupo de jardinagem lhe estão muito gratos por ter assumido e concluído o projeto, especialmente após um deles ter quebrado a mão ao cair da ladeira ano passado.

Ou seja, um projeto que foi estimado pelo governo, conservadoramente, em $ 65.000 — mas que muito provavelmente chegaria a $ 150.000 —, foi concluído efetivamente por $ 550 ao ser feito privadamente.
E, quando se considera que todas as obras do governo tendem a ser superfaturadas e sofrer um descontrole de custos, certamente a escada custaria muito mais que $ 150.000.
A parte mais cínica de mim diria que obras governamentais sempre são superfaturadas para atender aos lobistas e grupos de interesse (empreiteiras) que subornam políticos em troca do privilégio da execução de obras públicas. A empreiteira paga a propina ao político, o político concede a ela o privilégio da obra, e o custo final — bancado integralmente pelos pagadores de impostos — é superfaturado para agradar a empreiteira que subornou o político.
No entanto, vale lembrar que superfaturamento e descontrole de custos não são exclusividade de governos corruptos. Ocorre em todos os governos, variando apenas a intensidade.
E não necessariamente se trata de corrupção; a culpa está nos incentivos perversos relacionados ao setor público.
Há uma infinidade de razões por que programas governamentais sempre acabam sendo mais caros do que deveriam, mas creio não ser desarrazoado dizer que a maioria delas se enquadra em uma dessas quatro categorias.
1. O governo é inerentemente ineficiente e esbanjador (algo óbvio para qualquer um que já lidou com alguma repartição pública e que conhece os salários dos funcionários públicos);
2. O governo não está realmente interessado em solucionar problemas, pois o fracasso de cada tentativa é usado como justificativa para se elevar o orçamento para o ano seguinte;
3. Os burocratas que produzem as estimativas de custos, por mais ínclitos e probos que sejam, não têm como levar em consideração os efeitos comportamentais envolvidos nos projetos que envolvem dinheiro público (pessoas agindo de modo a tirar vantagem do butim distribuído pelo governo).
4. Políticos deliberadamente subestimam custos com o intuito de seduzir os pagadores de impostos e conseguir o apoio deles (sim, é chocante descobrir que políticos mentem).
No exemplo específico do Canadá, temos mais exemplo prático de como uma iniciativa privada — quando efetuada sem auxílio do governo — sempre é mais eficiente e menos custosa do que um empreendimento levado a cabo pelo governo. Além do custo final da obra, apenas imagine quanto tempo ela levaria para ser efetivamente concluída pelo governo?
Mas há outra parte dessa história que me chamou a atenção. A burocracia ficou furiosa.
A cidade está ameaçando destruir a escada, pois ela não foi construída segundo os padrões estatais de regulação. [...] Funcionários da prefeitura isolaram a escada, fechando seu acesso, enquanto os oficiais decidem o que fazer com ela. [...] O prefeito John Tory disse que eventuais demoras da prefeitura não justificam que cidadãos contornem as regulamentações e construam infraestruturas públicas por conta própria.
Mas há uma consolação. Movido por uma infinita misericórdia, o governo ainda não pretende colocar o senhor Astl na cadeia ou obrigá-lo a pagar uma multa. Pelo menos, não ainda.
Astl ainda não foi acusado de nenhum tipo de violação.
Puxa, quanta bondade e sensatez.
Quem melhor resumiu e concluiu a situação foi esta mulher:
Dana Beamon, moradora da área, disse que estava muito feliz com a escada ali, pouco importando se a prefeitura a aprovava ou não. "Temos uma burocracia excessiva", disse ela. "Não temos muito iniciativa própria na prefeitura. Por isso, estou impressionada."
E esta é a lição que todos deveriam tirar. Iniciativas privadas são mais eficientes, mais rápidas e mais baratas que iniciativas estatais. Tanto na Bielorrússia quanto no Canadá.
Conclusão
Na prática, podemos também considerar este exemplo como uma manifestação de um super-federalismo ou de uma super-descentralização. De certa forma, houve até mesmo uma secessão em nível municipal.
Agora, imagine quão mais caro seria se fosse o governo federal — em vez da prefeitura — o responsável por construir as escadas? Imagine quanto tempo levaria? Certamente a obra chegaria aos milhões de dólares e levaria alguns anos.
O mesmo raciocínio se aplica caso a obra fosse efetuada pelo governo estadual (no Canadá, governo provincial). Talvez o custo e a demora não seriam tão grandes como no caso de uma obra federalizada, mas certamente a obra ainda seria muito cara e demorada.
Quando os reais usuários de algo assumem a responsabilidade por esse algo (tanto em termos de ação quanto de dinheiro), tudo ocorre de maneira mais rápida, barata e eficiente. Isso vale até mesmo para estradas e escadas.
Em outras palavras, façamos uma descentralização radical. E a mais radical forma de secessão ocorre quanto a ação privada substitui o governo.
Nota do editor de mises.org
Após a publicação original deste artigo, a prefeitura destruiu a escada de Astl, citando "padrões de segurança". A escada será substituída por outra que, segundo a prefeitura, custará $ 10.000.

Publicado, originalmente em mises.org.





































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A CARAVANA DO FARSANTE

 por Ênio Meneghetti.
 Muito vem sendo comentado sobre a caravana de Lula pelo Nordeste. Já apareceu em Alagoas com Renan Calheiros e o filho governador e seguiu seu périplo pela região.
               Vem sendo apresentados vídeos na internet como sendo de sua caravana que impressionam pela baixa afluência de público. Em um deles, filmado amadoristicamente por um popular, a caravana aparece em uma avenida, separada do cinegrafista por cem metros de terreno baldio cercado com arame. Na caravana, veem-se algumas carroças, um jegue, umas poucas motos e meia dúzia de carros seguindo o ônibus.
               A pessoa que está filmando do telhado de uma casa modesta, em dado momento desvia a câmera e mostra uma mulher vestida com simplicidade, de chinelos, às gargalhadas para o cinegrafista, enquanto aponta a minguada caravana. O cinegrafista exclama, com acentuado sotaque nordestino: – Acabô! Acabô! – ante o fraco cortejo que não conseguiu arrastar quase ninguém para receber Lula.
                Noutro vídeo, aparece o interior do ônibus de Lula chegando em outra cidade. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, está fazendo pelo celular uma transmissão ao vivo da chegada. Populares cercam o ônibus para ver Lula. O motorista pergunta:
                – O presidente vai sair?
                Lula faz menção de descer, mas recua. Irritado, responde em alto e bom som:
                – Nesta porcaria aí não! – O assessor, visivelmente intimidado, intervém:
                – A polícia federal tá… A polícia federal tá aí… – referindo-se a escolta que os acompanhava. Furioso, Lula passa uma carraspana repleta de palavrões no assessor, que estava gravando tudo com o celular. Resmunga, furioso:
                 – Eu queria ver você ter sensibilidade de ver a cara do povo de uma cidade que você não conhece e ter que encarar …- Quando repara que o assessor está gravando, irrita-se mais ainda e diz: – Você está aí na porra desse celular fazendo o que ?? Ah, ‘caraio’!!!
                 Enquanto isso, Gleise Hoffmann, que continuava fazendo sua transmissão ao vivo, tenta disfarçar mas atrapalha-se:
                 – O presidente … uma pessoa tava aqui, tentando mostrá… lá embaixo, …O pessoal ‘tava’ aqui esperando na entrada da cidade… – guagueja Grace em sua transmissão. Ouve-se Lula ao fundo, ainda resmungando:
                 – Não é possível, um povo insuportável, chato desse… Olha aí… o tanto de vagabundo… Dá uma olhada aí nesse povo aí dessa cidade… – Acha aí um… um véio nessa cidade, tira uma foto pra saí lá (nas redes sociais) e pronto.
                  Isso é fato. O vídeo é real e está disponível na internet. Um vexame.
                  Gleise continuava tentando sair de sua transmissão:
                 – Muita emoção, gente! Chegá aqui e vê o pessoal andando… andando a cidade inteira prá ver o presidente Lula. Muito legal isso! Muito bom! – diz ele, visivelmente embaraçada.
                  Patético. Seria risível se não fosse trágico. Mas isso não é nada, para quem já roubou até os aplausos de Kofi Annan em uma Assembleia da ONU.
                  Lula será sempre uma farsa.





(Publicado originalmente em https://eniomeneghetti.com/)

"A desfaçatez de Dilma",

 editorial do Estadão
A cada manifestação pública da presidente cassada Dilma Rousseff – e elas são cada vez mais frequentes –, a maioria da população que apoiou o seu impeachment, consumado pelo Senado há quase um ano, é tomada por um misto de realização e alívio por não ver mais o destino do País entregue às mãos ineptas de alguém capaz de tanta confusão, tantos erros e tanta dissimulação.
Talvez a sra. Rousseff esteja se esforçando para compensar, agora que está fora do poder, a alegria que não foi capaz de dar aos brasileiros durante os mais de 5 anos em que ocupou a Presidência da República, um período tão desastroso que ainda exigirá da Nação alguns anos de muito esforço de superação.
Após o governo federal anunciar o plano de privatização da Eletrobrás na terça-feira, a ex-presidente usou as redes sociais para criticar a medida. “Vender a Eletrobrás é abrir mão da segurança energética. Como ocorreu em 2001, no governo FHC, significa deixar o País sujeito à (sic) apagões”, escreveu Dilma Rousseff em sua conta no Twitter.
Como para a ex-presidente a correção das informações é um detalhe desimportante em face da urgência de fazer política rasteira na internet e, sobretudo, de dar à militância um discurso que será prontamente absorvido sem muitos filtros críticos, a sra. Rousseff apressou-se em dizer que “pretendem vender na bacia das almas nossas principais hidrelétricas”. Ora, tivesse lido com atenção o plano apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, Dilma Rousseff teria observado que a Usina de Itaipu – não só uma das “nossas principais hidrelétricas”, como a segunda maior do mundo (superada apenas pela usina das Três Gargantas, na China) – está fora do plano de privatização, bem como a Eletronuclear, como não haveria de deixar de ser. A Constituição determina que a pesquisa, o enriquecimento, a industrialização e o comércio de energia nuclear constituem um monopólio da União.
Qualquer um pode criticar o plano de privatização da Eletrobrás. Soa estranho, porém, quando a crítica é feita por aqueles que pertenceram ao grupo de poder que arrasou o setor energético brasileiro nos últimos 15 anos.
De 2002, quando o PT assumiu o poder, até agora, a União perdeu impressionantes R$ 228 bilhões – valor corresponde a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) – com a ocupação política e a má gestão da Eletrobrás, segundo cálculos da 3G Radar, gestora independente de recursos financeiros e uma das acionistas da estatal, publicados recentemente pelo jornal Valor.
No período avaliado, Dilma Rousseff esteve à frente da política energética do País, seja como ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula da Silva, seja como presidente da República. A sra. Rousseff sempre foi vendida por seu criador como a estrategista-em-chefe dos rumos do setor elétrico brasileiro, o que, de fato, foi.
Conhecida por sua natureza centralizadora e vaidosa, a ex-presidente sempre se regozijou do panegírico. Trata-se, portanto, de desfaçatez pura e simples, para não dizer má-fé, a crítica desavergonhada que agora Dilma Rousseff se presta a fazer de uma medida do governo cujo objetivo é justamente mitigar o retumbante prejuízo para os cofres públicos que foi a marca indelével de sua propalada “gestão” do setor energético.
Os desatinos econômicos dos governos lulopetistas, principalmente o segundo mandato de Dilma Rousseff, e a nefasta ingerência política do petismo na Eletrobrás, outra empresa estatal vítima de uma visão anacrônica segundo a qual empresas estatais não devem se importar com coisas como saúde financeira ou retorno sobre investimentos, impuseram um pesadíssimo ônus à União, por meio do recurso ao Tesouro Nacional para socorrer as empresas distribuidoras de energia, e aos consumidores, vítimas de mentiras veiculadas em rede nacional.
Todas as críticas ao plano de privatização da Eletrobrás são bem-vindas. Mas, para serem dignas de consideração, elas precisam partir de fontes marcadas pelo conhecimento, pelo espírito público e, não menos importante, pela honestidade.























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Câmara torra R$ 424 mil para abonar ausências de deputados

 Igor Gadelha - O Estado de S.Paulo
A Mesa Diretora da Câmara perdoou neste ano 414 faltas de parlamentares em sessões deliberativas que tiveram como justificativa eventos político-partidários, atrasos de voo, reuniões em ministérios e outros motivos não ligados a problemas de saúde. A decisão tem um custo total de R$ 424,5 mil para a Casa pelo ressarcimento dos deputados faltosos, que já tiveram o valor descontado do salário.
Do total de faltas, 226 foram abonadas em bloco, por unanimidade, na reunião dos membros da Mesa Diretoria realizada nesta quinta-feira, 24. As demais 188 foram anistiadas em uma única reunião em maio.
Segundo a Terceira Secretaria da Câmara, responsável por examinar as justificativas de faltas, a maior parte das ausências – 274 – foi por participação em eventos político-partidários. A secretaria não forneceu os nomes dos deputados que tiveram as faltas abonadas nem os dados de 2016. 
Para obrigar os parlamentares a passarem mais tempo em Brasília, o hoje deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando era presidente da Câmara (entre fevereiro de 2015 e maio de 2016), restringiu o direito de abonar as faltas a líderes e integrantes da Mesa, prática que foi abandonada após sua saída. O objetivo era garantir a presença dos deputados principalmente às quintas-feiras. Até 2015, não ocorriam sessões de votação às quintas. Hoje, as sessões deliberativas na Casa continuam sendo realizadas em três dias da semana, a partir das terças-feiras, mas, nas últimas semanas são raras as votações neste dia.
Segundo ato da Mesa Diretora de 2010, são aceitas como justificativas para faltas licenças para tratamento de saúde, internação em instituição hospitalar, doença grave ou falecimento de parente até segundo grau, participação em missão oficial autorizada pela Câmara ou “atendimento de obrigação político-partidária”. Os motivos de saúde, desde que comprovados por atestados médicos, são abonados diretamente pela Terceira Secretaria, mas as faltas por participação em eventos políticos e missões oficiais precisam do aval da Mesa.
As faltas são descontadas dos salários dos parlamentares, que têm até 30 dias para apresentar a justificativa. Cada ausência leva ao desconto de uma diária do salário. Os deputados recebem, atualmente, R$ 33.763, em valores brutos. Se a falta for abonada pela Mesa Diretora, porém, a Câmara tem de devolver os recursos descontados. Caso o deputado não compareça a 1/3 das sessões ordinárias e as faltas não sejam abonadas, ele pode perder o mandato.
Regimento. Na reunião desta quinta-feira, a decisão unânime foi tomada por quatro dos sete membros da Mesa presentes: Fábio Ramalho (PMDB-MG), 1.º vice-presidente da Câmara; Fernando Giacobo (PR-PR), 1.º secretário; Mariana Carvalho (PSDB-RO), 2.ª secretária; e João Henrique Caldas (PSB-AL), 3.º secretário. “Todas (as justificativas) estavam dentro do regimento. É mais coisa pontual. Tem gente que estava na Casa e não chegou a tempo para votação, gente que estava participando de evento do partido, essas coisas”, disse Caldas.
A decisão irritou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele disse que respeitará as decisões da Mesa, mas espera que, da próxima vez, as faltas não sejam abonadas. “Não estava na reunião no momento em que foi tomada, pois estava presidindo a sessão. Respeito a decisão do colegiado, mas espero que, na próxima vez em que esse assunto for deliberado, a maioria decida pelo seu indeferimento”, disse Maia, que, na reunião de maio, aprovou o abono de 188 faltas junto com outros membros da Mesa. 
























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Lula torra R$ 132 mil com combustível. Advinha quem pagou a conta?

Epoca 
 Um levantamento realizado pelo Palácio do Planalto mostra que os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff gastaram R$ 315.800 com combustíveis desde o início de 2014.
O campeão foi Lula: R$ 132 mil ou 41,8% do total.
Na sequência, aparecem Collor (R$ 85 mil), Sarney (R$ 54 mil), Fernando Henrique (R$ 24.600) e Dilma Rousseff (R$ 19.400).
Os gastos de Dilma, por ter sofrido impeachment em 2016, começaram a ser calculados em novembro do ano passado.

O mês em que Lula mais gastou, de acordo com o levantamento, foi setembro de 2015.















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