Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

domingo, 31 de agosto de 2014

Eleicoes 2014: a bolha Marina, depois das bolhas Collor, Lula, etc - Jose Augusto Guilhon de Albuquerque

#JUNTOSVAMOSMUDARBRASILIA


No meio do caminho tinha uma bolha chamada Marina
José Augusto Guilhon de Albuquerque
Chegamos a um momento sem retorno da eleição presidencial, impossível de ter sido previsto, mas com consequências previsíveis. O curtíssimo prazo da campanha, tal como a conhecemos – centrada no palanque eletrônico e nas alianças estaduais – não poderá reverter a bolha de encantamento que ora favorece a candidatura de Marina Silva.
Já não estamos no reino da política, mas da psicologia das massas. Independente de seus talentos, que são inúmeros, e de seus defeitos, que podem ser devastadores, o desgaste inevitável da vida real dificilmente se fará sentir senão a médio ou longo prazo. A curtíssimo prazo, somente outro fator estranho à política, seja nova fatalidade, seja o completo desmascaramento deste mais recente fenômeno messiânico em nosso país - provocado por imputações verdadeiras ou por falsos dossiês - poderia impedi-la de chegar ao segundo turno, provavelmente, à frente da disputa eleitoral.
E ai de quem ousar desnudar o Rei, pois, tal como um mensageiro de más notícias, será abatido junto com sua vítima. Em teoria, parece restar aos ex-protagonistas do pleito, o PT e o PSDB, demonizados pela profeta como a encarnação da “velha política”, mudar o foco de suas respectivas táticas eleitorais, poupar-se mutuamente e tentar polarizar com Marina. Na prática, um jogo de soma zero como esse apenas reforçaria seu papel de vítima e a levaria ainda mais perto de uma vitória no primeiro turno.
Em teoria Marina também poderia sucumbir a uma luta entre Titãs, caso outro ungido dos deuses se alevantasse mais alto para salvar o próprio legado – o PT e o lulismo. Mas, que se saiba, Lula não entra em bola dividida e, como se sabe também, nada tem a ver com as derrotas dos padilhas e dilmas, ou com o mau desempenho dos haddads e gleydes da vida. Portanto, a bola da vez está nas mãos dos dois candidatos ainda competitivos, para resgatar ou não seu próprio destino e a relevância de seus respectivos partidos e coligações, e isso implica ter como prioridade chegar ao segundo turno.
Para Marina, tendo chegado ao segundo turno na frente, e em curva ascendente, como é provável, será uma questão de administrar a própria bolha e não cometer erros irreparáveis. Por maior que seja o desgaste da polarização inerente ao segundo turno, será eleita e, por maior que seja o desgaste da transição e da partilha do botim, o encantamento deverá permitir uma coroação retumbante, à la Lula 2003. O trágico é o que irá ocorrer, num eventual governo Marina, quando, inexoravelmente, a bolha murchar de vez ou explodir.
Para o PT e o PSDB é vital chegar ao segundo turno porque, fora do páreo, seus respectivos eleitorados migrarão para Marina independentemente de qualquer arranjo de cúpula que, de todo modo, não é compatível com o perfil voluntarista e onipotente de Marina. E a única via para Aécio ou Dilma chegarem a um eventual segundo turno é, repito, continuar polarizando entre si sem, entretanto, deixar Marina correr solta.
Para o PT, polarizar com o PSDB seria menos arriscado do que polarizar com Marina, que implicaria poupar Aécio. Mas o desgaste do PT é amplo, geral e irrestrito. Conquistar votos tucanos não será fácil após mais de uma década de hostilidade implacável. Reintegrar ex-eleitores lulistas que estão migrando para Marina, seria ainda mais difícil. Paciência: corrigir doze anos de desmandos não é fácil mesmo. Além disso, é provável que o PT, devido a sua paixão pela hegemonia, e Dilma – por ressentimento pessoal – descarreguem suas baterias preferencialmente contra uma trânsfuga como Marina.
Ainda que tente conter os danos, o PT como partido, a julgar pela hostilidade generalizada que vem sofrendo, sairá enfraquecido. Quanto a Dilma, se não chegar ao segundo turno, pode encomendar o pijama.
Quanto ao PSDB, a falta de empolgação com a candidatura presidencial não parece afetar seu desempenho nos Estados. Mas uma derrota no primeiro turno comprometerá não apenas o futuro de Aécio, mas também a relevância nacional do partido. Entretanto, sendo um candidato menos rejeitado do que Dilma, e se lograr capitalizar o bom desempenho dos candidatos tucanos ao governo dos grandes colégios, Aécio poderá conter a atual sangria polarizando com Dilma. Se for bem sucedido em expor os graves defeitos de Marina sem agressões – ou seja, desqualificando-a “com classe” ou levando-a a desqualificar-se por ela mesma – ainda poderá recuperar parte do eleitorado migrante, além de eventualmente aumentar o desgaste da adversária estratégica, isto é, Dilma.
Quanto ao segundo turno – provável na hipótese de Marina continuar crescendo, mas sem uma queda acentuada dos demais – ela se beneficiará dos votos lulistas, e de esquerda em geral, para derrotar os tucanos, ou dos votos de centro e de direita contra Dilma. O eleitorado do PMDB é vinculado localmente às lideranças regionais mas, nas eleições presidenciais, segue as linhas do eleitorado em geral e não as orientações partidárias. O PMDB se guardará para o “terceiro turno”, isto é, para pesar decisivamente no momento de garantir uma transição sem demasiados traumas e um início de governo sem impasses decisórios.
Se esse quadro se revelar correto – desde que a bolha de encantamento não murche nem exploda sozinha – Marina deveria sair vitoriosa. Porém, mais cedo ou mais tarde a bolha irá se desfazer no ar, pois é isso que as bolhas fazem. Por motivos distintos, foi assim com Collor, foi assim com Lula, será assim com Marina.
No caso específico de Marina, o esvaziamento da bolha resultará de uma combinação de fatores pessoais e estruturais, estes ligados à dinâmica da democracia representativa que pode ser sumariamente descrita da seguinte maneira. Nos regimes presidencialistas o Executivo e o Legislativo são eleitos por colégios distintos, dando origem a duas maiorias não necessariamente coincidentes e, portanto, potencialmente divergentes. Para governar num sistema multipartidário como o nosso, a dinâmica democrático-representativa obriga o chefe do Executivo a negociar a criação de uma maioria parlamentar governista. Isso implica concessões de parte a parte ou o emprego dos chamados métodos “não-republicanos”. Entre estes se inclui o emblemático “mensalão” ou o apelo a forças extra institucionais, como a intimidação mediante a mobilização das ruas, o emprego da polícia, do judiciário ou da força militar para fins políticos.
A opção entre sacrificar seus ideais e seu programa com concessões, ou sacrificar seus princípios corrompendo ou intimidando os interlocutores, depende de inclinações pessoais do presidente – como sua habilidade para negociar e sua atitude conciliatória ou, ao contrário, seu grau de voluntarismo e prepotência. E de fatores institucionais – como a cultura partidária de sua coalizão ou de sua facção. Porém, enquanto a escolha entre métodos é uma opção, governar com o apoio efetivo ou, pelo menos, com o consentimento da maioria da representação nacional, legalmente eleita, é uma lei de ferro da democracia representativa. O resto pode ser um regime corrupto, um regime policial, um regime militar, um regime teocrático, ou todos os acima. Não é um regime de democracia representativa.
É essa lei de ferro que Marina chama de “velha política”, e já deixou claro e explícito que não pretende respeitá-la. Em entrevista ao telejornal da Globo News, confrontada com o fato de que, se for eleita, não disporá de maioria para governar, alternou entre várias respostas, ora que é a “sociedade” quem vai governar, ora que ela vai governar com “os melhores”, ora que a “sociedade” vai nomear “os melhores”. Mas não admitiu sequer que terá que governar com a maioria nacional legitimamente eleita para tal.
O que a leva Marina a vilipendiar a lei de ferro da democracia representativa tachando-a de “velha política”, em proveito de uma “nova política” tão velha como a Sereníssima República de Veneza – aquela do tempo dos Borgia -  não é apenas uma opção racional baseada em seu desconhecimento da História e da Política. Trata-se de uma crença enraizada em suas inclinações pessoais e na cultura política de sua facção – certamente não na cultura política da Esquerda Democrática que deu origem ao Partido Socialista. Frases como “o presidente não tem que ser prisioneiro do partido”, “um homem de bem não pode deixar de colaborar com o (meu) governo”, mostram que, para ela, e certamente para sua “rede”, negociar é uma coisa corrupta, fazer concessões é aprisionar-se. Em contrapartida, a virtude de seus ideais, e dos poucos homens justos que ela reconhece, bastaria para garantir o bom governo e até o fechamento das contas nacionais – se necessário, com a ajuda divina.
Pobres de nós, pecadores, que teremos pela frente um longo calvário de crises e desgoverno. Mas assim como sobrevivemos ao ippon de Collor, ao mensalão de Lula e aos apagões de gestão de Dilma, sobreviveremos a um eventual marinaço.
[Recebido, sem indicação de publicação]

ESTADÃO REVELA:A candidata impõe medo - Marina presidente é prenúncio de uma crise depois da outra"

AÉCIO PRESIDENTE 45
Para usar um verbo que há de fazer parte do seu léxico peculiar, a candidata Marina Silva se pôs a subsumir o PSB na sua Rede Sustentabilidade, como se o movimento que ela não logrou transformar em partido no ano passado fosse maior que a histórica legenda socialista, criada em 1947, 11 anos antes do nascimento da ex-senadora e ex-ministra. Na constelação partidária brasileira, o PSB de que os marineiros procuram se apropriar decerto não é nenhuma estrela de primeira grandeza.
FONTE occ
fonte: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-candidata-impoe-medo-imp-,1548336

Antessala do desemprego -

#JUNTOSVAMOSMUDARBRASILIA

EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE

CORREIO BRAZILIENSE -
A verdade dos fatos volta a avisar que a economia brasileira vai muito mal. O Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,6% no segundo trimestre, derrubando previsões cor-de-rosa que o governo insistia em fazer ante o mau resultado (crescimento de 0,2%) dos três primeiros meses. Até então, o país estaria em trajetória de crescimento, ainda que lento. Era esse o discurso, mas nem isso se sustentou: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo, revisou para -0,2% a taxa.
Essa revisão é normal e tecnicamente recomendável. Dela resultou que a economia brasileira, que nos últimos três anos vinha desacelerando, está há seis meses andando para trás. A esta altura, é ocioso discutir se estamos ou não em recessão técnica (quando a taxa de crescimento é negativa por dois trimestres seguidos). O que importa é que, mesmo que haja algum refresco no terceiro e no quarto trimestres, 2014 está fadado a fechar um ciclo de quatro anos de baixo desempenho econômico.

No trimestre encerrado em junho, os feriados da Copa do Mundo e supostos respingos da crise mundial estão sendo culpados pelo desastre. É certamente um exagero de quem não pretende, por motivos de calendário eleitoral, reconhecer erros de condução da política econômica, que se acumularam nos últimos anos. Mais sensato e mais construtivo será encarar o problema e buscar coesão para corrigir o rumo e inverter a escalada que põe em risco os empregos e a renda, conquistas que precisam ser mantidas.

Olhar mais crítico sobre os números do trimestre constata mais uma queda na atividade da indústria, que recuou 1,5%, ampliando o já longo ciclo de perdas de competitividade do setor. Além de grande geradora de empregos formais, a indústria é tradicional investidora em expansão e em modernização de equipamentos.

Mas não é isso o que vem ocorrendo: os investimentos, que deveriam ser um dos motores do crescimento do PIB, recuaram 5,3% no trimestre, na comparação com o trimestre anterior. Pior: na comparação com igual período de 2013, a queda foi 11,3%. Isso revela o nível da desconfiança da indústria numa reação da economia brasileira e na capacidade do governo de criar as condições para a retomada do crescimento em prazo razoável.

Outro dado preocupante que merece reflexão foi o desempenho dos serviços. Como ocorre com a maioria das economias de nações mais urbanizadas, esse é o setor que cresce mais rápido e mais aumenta a participação relativa no PIB. No Brasil, enquanto a indústria vem perdendo espaço (responde hoje por pouco mais de 16% da economia), a expansão dos serviços garantiu participação próxima de 70%. No segundo trimestre, o despenho dos serviços foi negativo em 0,5%, o pior desempenho desde o auge da crise mundial de 2008 (-2,8%).

Parte do recuo pode ter sido um dos efeitos perversos da Copa. Só parte. É relevante lembrar que se trata de atividade diretamente ligada ao aumento da renda da população. Nele estão as faculdades e colégios particulares, os restaurantes, o entretenimento, os cuidados com a saúde e com a beleza, para citar algumas demandas, que, não faz muito tempo, passaram a fazer parte da vida de milhões de consumidores. Será imperdoável perder tudo isso por omissão ou incapacidade de conduzir política econômica que favoreça o crescimento.
FONTE AVARANDABLOGSPOT

Recessão e incompetência -

APÓIO RODRIGO DELMASSO DEPUTADO DISTRITAL

EDITORIAL O ESTADÃO

O ESTADO DE S.PAULO -

Está confirmado oficialmente: a presidente Dilma Rousseff conseguiu levar o Brasil a uma recessão, com dois trimestres consecutivos de produção em queda. Depois de encolher 0,2% no primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu mais 0,6% no período de abril a junho. Mas o governo, além de trapalhão, foi criativo na incompetência. Enfiou a economia brasileira no atoleiro enquanto os países desenvolvidos, com Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido à frente, começavam a vencer a crise. Mas quem, na cúpula federal, se dispõe a reconhecer o desastre e sua causa, o rosário de erros agravados a partir de 2011? A presidente Dilma Rousseff e seus ministros continuam culpando o mundo pelo desempenho brasileiro abaixo de pífio. Esse mundo malvado só existe como desculpa chinfrim para um fiasco indisfarçável. O comércio internacional voltou a crescer, a China continua comprando um volume enorme de matérias-primas e até os países mais afetados pela crise global, como Espanha, Portugal e Grécia, saíram da UTI e estão em movimento. Mesmo em desaceleração, outros emergentes estão mais saudáveis que o Brasil.

No segundo trimestre, o PIB dos Estados Unidos cresceu em ritmo equivalente a 4,2% ao ano. A rápida melhora da maior e mais desenvolvida economia é boa notícia para todo o mundo, mas desmente a lengalenga da presidente Rousseff e de sua equipe. O crescimento americano foi puxado, principalmente, pelo investimento produtivo, base para novos avanços.

No Brasil ocorreu o contrário. O investimento em máquinas, equipamentos, instalações e infraestrutura foi 5,3% menor que no primeiro trimestre do ano e 11,2% inferior ao de um ano antes. No segundo trimestre de 2013, o total investido correspondeu a 18,1% do PIB. Outros emergentes têm exibido taxas frequentemente acima de 24%. Mas o governo ainda conseguiu piorar esse indicador, derrubando a formação bruta de capital fixo para 16,5% do PIB. Foi uma taxa igual à do segundo trimestre de 2009, quando o Brasil estava em recessão, arrastado - naquele momento, sim - pela crise global.

O governo é obviamente culpado pela indigência na formação de capital fixo. Os seus erros prejudicam as ações oficiais - o fiasco do Programa de Aceleração do Crescimento é uma prova disso - e ainda criam insegurança entre os empresários. Empresário assustado com as intervenções do governo e muito inseguro quanto à evolução da economia só investe em máquinas, equipamentos e instalações se for irresponsável.

O investimento baixo e ainda em queda compromete o potencial de crescimento econômico. A recessão no primeiro semestre é parte de um desastre incompleto e ainda em curso. A produção industrial diminuiu 1,5% no trimestre e ficou 3,4% abaixo da de um ano antes. No Brasil, a indústria é a principal fonte de empregos decentes e o mais poderoso motor para o conjunto da economia. Há anos o governo tem cuidado muito mais do consumo que do investimento e, de modo especial, do fortalecimento da indústria. O resultado é inconfundível.

A criatividade na incompetência é evidenciada também pela combinação de baixo crescimento com inflação elevada e contas públicas em deterioração. Em julho, o setor público teve déficit primário de R$ 4,7 bilhões. Pelo terceiro mês consecutivo esse indicador ficou no vermelho. Isso é uma enorme anomalia. Incapaz de equilibrar suas contas, o governo tem-se comprometido, há muito tempo, a separar pelo menos o dinheiro suficiente para pagar juros e estabilizar ou reduzir sua dívida. Esse dinheiro posto de lado é o superávit primário.

A equipe econômica prometeu um resultado primário de R$ 99 bilhões para todo o setor público. O governo central - Tesouro, Previdência e Banco Central - deveria contribuir com R$ 80,7 bilhões. Até julho, o governo central acumulou apenas R$ 13,47 bilhões. O setor público total, R$ 24,68 bilhões. Alcançar a meta, só com muita criatividade e muitos truques. O desastre fiscal combina os efeitos de dois fracassos - da política econômica em geral e, de modo especial, dos incentivos tributários concedidos a setores selecionados. Não funcionaram.




FONTE AVARANDABLOGSPOT

A onda se forma -

não vote branco ou nulo, vote contra o pt

MERVAL PEREIRA

O GLOBO -
Ontem deve ter sido o dia mais difícil da presidente Dilma nos últimos tempos, só teve notícia ruim. Pela manhã, o anúncio oficial de uma recessão econômica, à noite a pesquisa Datafolha no "Jornal Nacional" anunciando o que a maioria já previa: Marina Silva alcançou-a no primeiro turno, preparando a ultrapassagem previsível nas próximas sondagens, e tem vitória confirmada no segundo turno por dez pontos de vantagem.
Para o tucano Aécio Neves, sobra a constatação de estar no lugar certo no momento errado, pois antes do acidente trágico que matou o ex-governador Eduardo Campos tinha condições de chegar ao segundo turno, e até mesmo ganhar a eleição.

Preparado para uma disputa que tinha como mote o fim da era PT, de repente o candidato do PSDB foi atirado em meio a uma nova eleição, que abriu outra perspectiva eleitoral, com o mesmo sentido mas com outros ingredientes: a emoção superando a razão, os símbolos ganhando dimensões de realidade, trocada pelos sonhos.

Basicamente, o programa lançado ontem pela candidata Marina Silva é o mesmo programa econômico que o PSDB apresentou, já defendido em diversas ocasiões tanto pelo candidato quanto por aquele que seria (será?) seu ministro da Fazenda, o economista Armínio Fraga.

Natural, pois Campos e Aécio estiveram muito próximos no início da campanha, e a própria Marina tem em sua equipe economistas de pensamentos similares aos dos do PSDB, inclusive um, André Lara Resende, que já esteve no governo de Fernando Henrique Cardoso. Outro, Giannetti da Fonseca, já disse que um eventual governo Marina a economia poderia ser comandada pelo mesmo Armínio, o que, mais que uma revelação de decisão, é uma indicação da proximidade na visão econômica dos dois partidos.

O ponto talvez mais polêmico do programa do PSB seja o deslocamento de prioridades na política energética, com o incentivo para fontes de energia alternativas ao petróleo. O pré-sal, que se transformou em ponta de lança dos governos petistas, passaria a ter um papel secundário, dentro do entendimento de que o crescimento econômico deve obedecer à preservação do meio ambiente.

O petróleo seria "um mal necessário" para Marina, e o país deve preparar-se para viver sem ele, que é um insumo finito e poluidor.

Implícito nessa política está também que o incentivo ao consumo de automóveis, com isenção de impostos e controle do preço da gasolina, será abandonada.

Há outro ponto de aproximação importante entre PSB e PSDB: a intenção de retirar a centralidade do Mercosul na nossa política de comércio exterior, abrindo espaços para acordos bilaterais como vêm fazendo os países da Aliança Atlântica, como Peru e Chile. Além dos aspectos econômicos, está embutida nessa decisão estratégica uma mudança geopolítica importante, que nos afastaria dos países chamados "bolivarianos" da América Latina.

Essa coincidência de pontos de vista pode facilitar um acordo com o PSDB no segundo turno.

Ontem, até mesmo o mote de Aécio de chamar o eleitorado "para conversar" foi utilizado por Marina no Twitter, se propondo a conversar com os eleitores para esclarecer as denúncias que estão pipocando nas redes sociais.

Para a presidente Dilma, em queda e com uma crise econômica pela frente, uma visão esquizofrênica: para explicar o fracasso da economia, seus aliados dizem que a recessão ficou para trás nos dois primeiros trimestres e já estamos crescendo novamente, embora nada indique que isso seja verdade.

Com relação à pesquisa que mostra Dilma sendo alcançada por Marina, uma caindo, a outra em ascensão, veem uma situação imutável, com seu favoritismo mantido. A pesquisa Datafolha indica que Marina vem crescendo e já superou Dilma no Sudeste e no Centro-Oeste (regiões em que o PSDB venceu nas eleições presidenciais anteriores) e nas cidades médias e grandes em todo o país.


fonte avarandablogspot

Pânico na elite vermelha -

  GUILHERME FIUZA

O GLOBO -
Armínio Fraga foi o comandante da etapa de consolidação do Plano Real — a última coisa séria feita no Brasil



Pela primeira vez em 12 anos, os companheiros avistam a possibilidade real de ter que largar o osso. Nem a obra-prima do mensalão às vésperas da eleição de 2006 chegara a ameaçar a hegemonia dos coitados sobre a elite branca. A um mês da votação, surgem as pesquisas indicando que o PT não é mais o favorito a continuar encastelado no Planalto. Desespero total.

Pode-se imaginar o movimento fervilhante nas centrais de dossiês aloprados. Há de surgir na Wikipédia o passado tenebroso dos adversários de Dilma Rousseff. Logo descobriremos que foram eles que sumiram com Amarildo, que depenaram a Petrobras, que treinaram a seleção contra os alemães. É questão de vida ou morte: como se sabe, a elite vermelha terá sérias dificuldades de sobrevivência se tiver que trabalhar. Vão “fazer o diabo”, como disse a presidente, para ganhar a eleição e não perder a gerência da boca.

O Brasil acaba de assistir à queda de um avião sobre o castelo eleitoral do PT. Questionada sobre as investigações acerca da situação legal da aeronave que caiu, Dilma respondeu que não está “acompanhando isso”, e que o assunto não é do seu “profundo interesse”. Altamente coerente. Se a presidente e seu padrinho não “acompanharam” as tragédias no governo popular — mensalão, Rosemary e grande elenco — não haveria por que terem “profundo interesse” numa tragédia que veio de fora. Eles sempre fingiram que estava tudo bem e o povo acreditou, não há por que acusar o golpe agora. Avião? Que avião?

Melhor continuar arremessando gaivotas de papel, para distrair o público. Até o ministro decorativo da Fazenda foi chamado para atirar a sua. Guido Mantega, como Dilma e toda a tropa, é militante de Lula. O filho do Brasil ordena, eles disparam. Mantega já chegou a apresentar um gráfico amestrado relacionando o PAC com o PIB — um estelionato intelectual que o Brasil, como sempre, engoliu. Agora o homem forte (?) da economia companheira entra na campanha para dizer que Armínio Fraga desrespeitou as metas de inflação. Uma gaivota pornográfica.

Para encurtar a conversa, bastaria dizer que Armínio Fraga foi um dos homens que construíram aquilo que Mantega e seu bando há anos tentam destruir. Inclusive a meta de inflação. Armínio foi o comandante da etapa de consolidação do Plano Real — última coisa séria feita no Brasil — enfrentando o efeito devastador da crise da Rússia, que teria reduzido a economia nacional a pó se ela estivesse nas mãos de um desses bravateiros com estrelinha. Mantega e padrinhos associados devem a Armínio Fraga e aos realizadores do Plano Real a vida mansa que levaram nos últimos 12 anos. E deve ser mesmo angustiante desconfiar pela primeira vez que essa moleza vai acabar.

Se debate eleitoral tivesse alguma ligação com a realidade, bastaria convidar os companheiros a citar uma medida de sua autoria que tenha ajudado a estruturar a economia brasileira. Uma única. Mas não adianta, porque, como o eleitorado viaja na maionese, basta aos petistas dizer — como passaram a última década dizendo — que eles livraram o Brasil da inflação de Fernando Henrique. A própria Dilma foi eleita em 2010 com esse humor negro, e jamais caiu no ridículo por isso. Com a fraude devidamente avalizada pelo distinto público, Guido Mantega pode se comparar a Armínio Fraga e entrar em casa sem ter que esconder o rosto.

Em meio às propostas ornamentais, aliás, Armínio é o dado concreto da corrida presidencial até aqui. Nada de poesia, de “nova política”, de arautos da “mudança” — conceito tão específico quanto “felicidade”, que enche os olhos da Primavera Burra e dos depredadores do bem. Armínio não é terceira, quarta ou quinta via, nem a mediatriz mágica entre o passado e o futuro. É um economista testado e aprovado no front governamental, que não ficará no Ministério da Fazenda transformando panfleto em gaivota.

O PSDB, como os outros partidos, adora vender contos de fadas. Mas seu candidato, Aécio Neves, resolveu anunciar previamente o seu principal ministro. Eis a sutil diferença entre o compromisso e a conversa fiada.

Marina Silva também é uma boa notícia. Só o fato de ser uma pessoa íntegra já oferece um contraponto valioso à picaretagem travestida de bondade. Nunca é tarde para o feminismo curar a ressaca dos últimos quatro anos. O que seria um governo Marina, porém, nem ela sabe. Se cumprir a promessa de Eduardo Campos e empurrar o PMDB S.A. para a oposição, que grande partido comporia a sua sustentação política? Olhe em volta e constate, com arrepios, a hipótese mais provável: ele mesmo, o PT — prontinho para a mudança, com frete e tudo.

Marina vem do PT e está no PSB, cujo ideário é de arrepiar o maior sonho cubano de José Dirceu. E tentar governar acima dos partidos foi o que Collor fez. Que forças, afinal, afiançariam as virtudes de Marina?

A elite vermelha está pronta para se esverdear.




fonte avarandablogspot

Deputado denuncia Kit do MEC que Ensina Rituais e Sacrifício de Animal em Escolas

APÓIO RODRIGO DELMASSO DEPUTADO DISTRITAL 19123
A denuncia foi feita pelo deputado estadual de Goiás, Fábio Sousa (PSDB), em sessão plenária  de terça-feira (26).  Segundo o deputado, ele recebeu a cartilha de uma professora da rede municipal de Goiânia, capital de Goiás, onde as escolas do ensino fundamental estão adotando uma cartilha editada pelo Ministério da Educação que ensina as crianças a se livrar de feitiçaria com a mesma prática.
“Existe uma cartilha que conta a história de um bebê que mata sua família com uma faca. Além disso, dentro do kit vem uma diadema com chifres, um chapéu de bruxa com peruca e unhas de mentira e cálice de caveira, na qual a professora deveria usar ao ler as histórias de terror. O que mais me assusta é que se trata de um material voltado para crianças de seis, sete anos, chancelado pelo Ministério da Educação. Isto não tem nada a ver com folclore brasileiro e é inclusive algo que ofende diversas crenças religiosas, seja a católica, a evangélica, a espírita ou a umbanda”, disse o deputado.
Lição de feitiçaria
O livro ensina crianças a fazerem feitiços. Uma das partes – dirigida a uma criança de seis anos – diz: “Feitiço para transformar criança em passarinho: Ingredientes: penas de pássaro preto, água benta e uma colher de alpiste. Antídoto: o feitiço dura apenas uma hora e não há antídoto para ele. Melhor esperar passar o tempo. Modo de fazer: arranque as penas do pássaro preto enquanto ele estiver cantando. Use um pequeno caldeirão para misturar a pena, um pouco de água benta e uma colher de alpiste. Enquanto mexe, repita: passarinho quer pousar, não deu, quebrou a coluna”. O livro continua, observando o que seria a reação ao feitiço: “Você começará a sentir coisas estranhas. Lembre-se de fazer isso ao ar livre, para poder voar com segurança.”
O deputado estadual Simeyzon Silveira (PSC), na quarta-feira (27), apresentou requerimento para que o livro seja imediatamente retirado das escolas.
Em seu blog, Simeyzon destacou sua preocupação acerca do material:
“A minha preocupação, na verdade, é que uma criança pode pegar este exemplo e pular de um prédio. De quem será a responsabilidade? Pois um livro que é didático e está na escola, está ensinando crianças a se tornarem passarinhos. Na verdade, isto é uma irresponsabilidade do Ministério da Educação.
Eu, como deputado, acredito que juntamente com meus colegas parlamentares deveríamos fazer um documento veementemente contra esta publicação. Assim como o deputado Fábio Sousa afirmou, nós não podemos impor religião a nenhuma criança, mas também não precisamos de um livro ensinando estas crianças a fazerem macumba nas escolas. O livro é apenas de feitiços.
Penso que não é isso que a nossa população quer ver nas escolas. Eu fiz parte de uma geração que foi ensinada com os princípios de moral cívica, de cidadania. Hoje, um aluno – de escola pública ou particular – não sabe cantar nem o i hino nacional.
Precisamos que as crianças aprendam sobre política, por exemplo. Muitas pessoas, hoje, não sabem o que é direita, esquerda, não sabem o que são as ideologias partidárias. Um tempo onde se defende a ignorância de um povo.
Eu defendo que devamos criar uma frente para evitar materiais ruins como este, que tentam impor uma minoria. Querendo ou não, nosso País tem uma maioria Cristã, que acredita em valores cristãos.
Eu não quero ver meus filhos fazendo sacrifícios em animais em uma escola, e nem livro que afirma que ele pode se tornar um passarinho e que pode sair voando livremente.
Defendo que se retire de forma urgente este livro das nossas escolas. Professores vestidos de diabinhos e ensinando a fazer macumbas em escolas. Não é isso que defendemos às nossas crianças.”
O deputado Fábio Souza, na quarta-feira(27), em discurso no plenário, manifestou apoio ao requerimento de Simeyzon para retirada do material das salas de aula e culpou o Ministério da Educação pelo material - “A culpa não é de nenhuma prefeitura. É do Ministério da Educação, que distribui este material”, disse o parlamentar.
Este caso foi denunciado em Goiás, mas o material é distribuído pelo Governo Federal. Procure saber se o kit também não está sendo distribuído e implantado na educação de seu estado, pois, por se tratar de uma distribuição federal, é bem provável que esteja. 

“Dilma gasta 19 mil pra nadar, 55 mil p/ mês com jardim” [dinheiro público], denuncia senador

SEU VOTO É IMPORTANTE, NÃO VOTE BRANCO OU NULO, VOTE CONTRA O PT
Em discurso memorável proferido em 9 de outubro de 2013, o senador Mário Couto-PSDB-PA, um dos grandes críticos do governo no congresso, denunciou o uso de milhares de reais de dinheiro público pela presidência para custear coisas supérfluas, cita R$ 19 mil com piscina e R$ 55 mil com jardim, POR MÊS.
O senador, de forma bastante incisiva lembrou dos gastos inconsequentes do governo Dilma, e com todas as palavras a classificou de INCOMPETENTE.  Lembrou das dívidas desenfreadas da maior estatal brasileira, qual seja a Petrobras, falou também do, segundo ele, descaso na educação brasileira, citando o ministro da educação, Aloísio Mercadante, que classificou como burro.
O discurso foi proferido ainda nos findos de 2013, na ocasião o senador fez questão de citar a arrecadação de impostos no ano até aquele momento, dizendo que nem os mensaleiros conseguiriam roubar tanto dinheiro assim. Na ocasião os mensaleiros ainda estavam em liberdade, aliás, mais ou menos como estão agora, novamente.
Veja a integra do discurso de Mário Couto

Chefe do BB pagou multa para se livrar de investigação

#JUNTOSVAMOSMUDARBRASILIA



Receita questionou evolução do patrimônio de Aldemir Bendine em 2010
Executivo não informou origem de recursos usados para comprar apartamento pago com dinheiro em espécie
Leonardo Souza
Folha de S. Paulo,
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e um apartamento pago com dinheiro vivo em 2010.
Bendine foi autuado por não comprovar a procedência de aproximadamente R$ 280 mil informados em sua declaração anual de ajuste do Imposto de Renda. Na avaliação da Receita, o valor de seus bens aumentou mais do que seus rendimentos declarados poderiam justificar.
Dirigente da maior instituição financeira da América Latina, Bendine tem por hábito declarar que mantém dinheiro vivo em casa, de acordo com documentos aos quais a Folha teve acesso. Ele informou em suas declarações à Receita ter recursos em espécie quatro anos seguidos, entre 2009 e 2012, no valor de pelo menos R$ 400 mil.
Bendine entrou no radar da Receita Federal em 2010, quando a Folha revelou que ele comprara um apartamento no interior de São Paulo pelo valor declarado de R$ 150 mil, pagos integralmente em espécie. O executivo também declarou ter feito obras no imóvel no valor de R$ 50 mil.
Ao justificar a legalidade da transação imobiliária, ele informou que declarou à Receita possuir R$ 200 mil em dinheiro vivo em casa, guardados desde 2009.
Em 2012, os auditores da Receita enviaram a Bendine um extenso questionário sobre suas despesas em 2010, perguntando quanto ele gastara com seus cartões de débito e crédito, com saúde, educação e outras despesas.
O executivo prestou as informações solicitadas, mas não convenceu. Em novembro de 2012, foi autuado em R$ 151 mil, incluindo multa e juros. Ele não contestou a autuação e pagou o auto à vista, ganhando um desconto. Assim, a conta caiu para R$ 122.460.
Bendine diz que não discutiu com a Receita a origem dos recursos usados na compra do apartamento e diz que o auto de infração resultou de um mero erro em sua declaração à Receita. Mesmo depois de identificar o erro, ele não retificou a declaração.
Questão Familiar
Questionado pela Folha, Bendine não quis falar sobre o dinheiro, alegando tratar-se de uma questão familiar.
Não é crime comprar imóveis com recursos em espécie. Assim como não é crime guardar dinheiro embaixo do colchão. Mas essas práticas são consideradas pelo Fisco como sinais de sonegação de tributos e por isso despertam a curiosidade dos auditores.
O dinheiro passado de mão em mão, sem circular pelo sistema bancário, não pode ser detectado pelos controles da Receita Federal e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
"Que razões haveria para alguém guardar uma alta soma em vez de pôr numa conta bancária, numa aplicação?", pergunta o diretor de Relações Institucionais do Instituto Justiça Fiscal, Dão Real Pereira dos Santos, ex-superintendente da Receita Federal no Rio Grande do Sul.
Ele fez uma análise do caso a pedido da Folha, sem ser informado do nome do contribuinte. "É uma situação em que naturalmente se inverte o ônus da prova", afirmou. "Numa situação normal, o Fisco teria que correr atrás das provas. Nessa situação, não. Cabe ao contribuinte explicar por que tem esse dinheiro guardado em casa."
Não foi apenas em 2009 que Bendine declarou ter R$ 200 mil em casa. No ano seguinte, ele voltou a informar ter a mesma quantia em espécie, após a aquisição e a reforma do apartamento. Ou seja, ele passou a ter novamente R$ 200 mil em dinheiro. Em 2011, declarou ter R$ 100 mil. Em 2012, R$ 50 mil.
O presidente do Banco do Brasil afirmou que adotou esse procedimento por considerá-lo na época a melhor maneira de corrigir o erro cometido no preenchimento de sua declaração, mas reconheceu que o correto teria sido apresentar uma declaração retificadora à Receita Federal.
Como determina a lei, o pagamento imediato do auto de infração, como fez Bendine, obriga a Receita a arquivar o caso, o que elimina a possibilidade de comunicar ao Ministério Público Federal a prática de eventuais crimes fiscais cometidos pelo contribuinte. O caso de Bendine foi arquivado em janeiro deste ano. 



 FONTE - DIPLOMATIZZANDO

Dilma entende pouco de economia. Perdeu credibilidade.

APÓIO RODRIGO DELMASSO DEPUTADO DISTRITAL 19123




Fernando Henrique Cardoso,
Observador Político,
Agora vejo o motivo pelo qual a presidente Dilma Roussef não conseguiu obter grau de pós-graduação na Unicamp: ela entende pouco de economia. E mesmo de números. Disse no debate de ontem (26/8), na Band, que o Brasil “quebrou três vezes” no governo do PSDB. De onde tirou tal falsidade?
O Brasil estava em moratória desde o final do governo Sarney (será que é a isso que ela se refere quando diz “quebrado”). Desde quando assumi o ministério da Fazenda, no governo Itamar, começamos a refazer a credibilidade do país. Em outubro de 1993 assinamos uma renegociação da dívida externa e voltamos aos mercados internacionais. Fizemos em 1994 o Plano Real, sem apoio do FMI, e erguemos a economia. Começava o período de construção da estabilidade, que durou todo meu primeiro mandato, passando por crises bancárias, Proer, renegociação das dívidas dos estados e municípios etc.
No início do segundo mandato, depois das consequências da crise da Ásia (1997), da crise argentina e toda sorte de dificuldades externas e internas –graças a atos políticos irresponsáveis da oposição e à incompletude do ajuste fiscal – sofremos forte desvalorização cambial em janeiro de 1999, apesar de havermos assinado em 1998 um acordo de empréstimo com o FMI (será que é isso que a Presidente chama de “quebrar o país?). A inflação não voltou, apesar das apostas em contrário, e antes do fim do primeiro semestre de 1999 já havíamos recuperado condições de crescimento, tanto assim que em 2000 o PIB cresceu 4,7%.
Nova dificuldade financeira, a despeito das restrições na geração de energia, só ressurgiu no segundo semestre de 2002. Por que? Devido ao “efeito Lula”: os mercados financeiros mundiais e locais temiam que a pregação do PT fosse para valer. Sentimos o efeito inflacionário (os 12% a que a Presidente sempre se refere, que devem ser postos à conta do PT). Aí sim, recorremos ao FMI, mas com anuência expressa de Lula e para permitir que seu governo reagisse em 2003, como fez. Do empréstimo, 20% seriam para usar no resto de meu mandato e 80% no de Lula… Não houve interrupção do fluxo financeiro internacional, nem quebradeira alguma.
É mentira, portanto, que o governo do PSDB tenha quebrado o Brasil três vezes. Por essas e outras, o governo Dilma Roussef perdeu credibilidade: em vez de informar, faz propaganda falsa. –


 

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