Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

terça-feira, 30 de abril de 2013

VOTE NA DILMA !

Recebi o texto abaixo por e-mail de um amigo leitor do blog, com a sugestão de publicação. Segundo o e-mail, o texto é de Arnaldo Jabor e teria sido censurado na CBN. Não sei se é ou não verdadeira essa questão. Já trabalhei na CBN e sei que não se trata de uma "censura" digamos é uma "linha editorial" coisa que acontece em todo o veículo de comunicação.  Como minha linha editorial não tem qualquer obstáculo, principalmente financeiro, publico o texto na integra porque ele é muito bom 
por Arnaldo Jabor


VOTE NA DILMA !

as promoções da época!

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Os juros, a dívida e os búzios

Os juros, a dívida e os búzios - CLÓVIS ROSSI

FOLHA DE SP -
Estudos de economistas com "lamentáveis deslizes" são, no entanto, tomados como a palavra de Deus


Em maio de 2003, resumi, na página A2 desta Folha, um alentado estudo publicado pelo Fundo Monetário Internacional em 1999, que desmontava a sabedoria convencional que diz que aumentar os juros derruba a inflação e vice-versa.

O leitor e pesquisador Jacques Dezelin mergulhou em 1.323 casos de 119 países e verificou que, na maioria absoluta dos casos, a inflação caiu, tenha o respectivo Banco Central aumentado, diminuído ou mantido a taxa de juros.

A maior porcentagem de êxito (ou seja, de casos em que a inflação caiu) se deu justamente quando o BC reduziu os juros. Nesse caso, a porcentagem de sucesso foi a 62,18% dos 476 casos examinados, contra 50,75% dos 398 casos em que a inflação caiu quando a taxa de juros aumentou.

Mais: a segunda maior porcentagem de sucesso se deu quando não se mexeu nos juros (53,45%).

Conclusão de Dezelin: "O que os dados estatísticos do FMI apontam é o caráter meramente aleatório da relação (ou melhor, a ausência de relação) entre a variação da taxa de juros do BC e a inflação".

É uma afirmação tão temerária quanto assumir, como fazem os economistas ortodoxos e, a bem da verdade, a grande maioria de todos os demais, que é sempre necessário e até inevitável aumentar os juros para combater a inflação.

Talvez o mais lógico, acrescentava eu e reafirmo agora, seja examinar caso a caso, país a país, circunstância a circunstância. Ou, posto de outra forma, aumentar os juros como reflexo condicionado pode ser tão científico quanto jogar os búzios.

Rememoro o episódio para deixar claro como é fácil aceitar como palavra de Deus estudos nada santos.

É o que está se vendo agora com o trabalho de Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart, dois renomados economistas da grife Harvard, que sustentaram a tese de que endividamento acima de 90% do PIB torna inviável o crescimento econômico.

Com isso, as políticas de austeridade para reduzir a dívida ganharam o seu Santo Graal. Afinal, quem vai duvidar de dois ex-FMI, ainda por cima com todo o lustro de Harvard?

Até que surgiu Thomas Herndon, estudante de 28 anos, doutorando em Economia (Universidade de Massachusetts), que "desmascarou a mentira macroeconômica mais significativa dos últimos anos e sobre a qual os EUA e a Europa se apoiaram em sua campanha pela austeridade fiscal e o corte drástico do gasto público", como escreveu domingo "El País".

Reinhart e Rogoff cometeram erros básicos. Omitiram que Canadá, Austrália e Nova Zelândia tiveram dívida superior a 90% e nem por isso deixaram de crescer.

Outro erro, aliás primário: uma trapalhada com planilhas Excel para fazer certos cálculos.

Os dois economistas admitiram que cometeram um "lamentável deslize" mas juram que os erros não "afetam a mensagem central".

Pode ser, pode não ser, mas vamos combinar que, também no jogo de búzios, de repente a mensagem central pode igualmente ser certa.

Ah, quantas análises de economistas brasileiros resistiriam a um estudante determinado como Herndon?

A razão é astuta nos trópicos?

A razão é astuta nos trópicos? - LUIZ WERNECK VIANNA

O Estado de S.Paulo -


O Brasil não é para principiantes - a frase justamente famosa tem sua autoria atribuída a um dos nossos maiores artistas. Falta dizer que também não é para os veteranos, até para os curtidos, no esforço de toda uma vida, em tentativas de interpretá-lo e sondar os rumos do seu destino. De fato, o cenário que o observador, principiante ou não, tem diante de si é de desnortear, uma construção surreal a desafiar o seu julgamento: isso que aí se desenrola é uma tragédia ou uma comédia com a qual ainda não aprendemos a rir?

Para todos os efeitos, nacionais e internacionais, o senso comum tem como ponto firmado que o País é governado pela esquerda há mais de uma década, primeiro por Lula, formado nos quadros do sindicalismo de ponta da região do ABC paulista, depois por Dilma Rousseff, com histórico em movimentos radicalizados de combate ao regime militar. Aceita essa premissa, não isenta de controvérsia, o problema está em identificar a natureza dessa esquerda que tem favorecido mais as forças da conservação do que as da mudança.

Entre tantos, dois casos deveriam ser perturbadores para a esquerda: a preservação das antigas elites tradicionais, em particular as originárias do mundo agrário, alçadas, por sua iniciativa, a posições de mando nas estruturas do poder governamental graças ao controle político que exercem na política local - não bastasse, muitas delas são bafejadas com recursos públicos para se tornarem aptas ao exercício de papéis destacados na moderna economia capitalista brasileira; e a criação de vínculos inéditos, em nossa História republicana, entre política e religião, em particular as de culto pentecostal, que têm um dos seus eminentes praticantes conduzido a um ministério do governo, o da Pesca, embora, como notório, inteiramente jejuno na matéria.

Em ambos os casos, tais relações, sempre justificadas em nome da governabilidade e do que seriam as necessárias alianças a fim de dar continuidade a uma política que se apresenta como de esquerda, imprimem ao governo uma configuração quasímoda, para usar uma metáfora cara a Raymundo Faoro - a parte moderna mal equilibrada pelo lastro que carrega do que há de mais recessivo e anacrônico na sociedade brasileira.

Nessa bizarra construção, o moderno abdica da pretensão de conduzir o atraso, impondo-lhe seu ritmo e sua lógica. Ao contrário, confunde-se com ele, impondo ao que seriam as suas forças próprias marchar de acordo com o andamento das forças retardatárias. Pior, com frequência submetendo-se a elas. Deriva daí que os movimentos sociais que vêm amparando a sua sustentação encontrem poucos estímulos à mobilização, deixando de concertar relações horizontais entre eles. A extrema pluralidade das centrais sindicais é uma das testemunhas dessa fragmentação.

Os espaços estatais, nessa lógica torta, convertem-se assim no lugar privilegiado da sua comunicação, onde são ponderadas suas razões e estabelecidos os limites para ação. Não à toa, para os padrões usuais a um governo de esquerda, vive-se um ciclo de baixa na mobilização social, que, quando ocorre, expressa, em geral, demandas de categorias específicas. A vocalização, de preferência, dirige-se para cima, em especial para uma secretaria do governo destinada a lhe prestar audiência.

Nesse processo, a esfera pública política míngua, contornada pelas vias abertas pelo Estado a fim de acolher os movimentos da sociedade civil, para onde deságuam as pretensões de todos. Noutra ponta, o contubérnio entre moderno e atraso tem facultado a este último acesso fácil a posições influentes na esfera pública, inclusive nos lugares em que transitam matérias sensíveis como a dos valores e dos princípios, hipotecando as modernas gerações a um passado de sombrio anacronismo. Exemplar disso é o caso desse espantoso deputado Marco Feliciano (PSC-SP), posto à testa da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que, por definição, caberia a um parlamentar atento e sensível aos novos temas que irrompem na cena contemporânea, e não a uma mentalidade reacionária e de entendimento curto.

Fora de dúvida que a esquerda, quando no governo, não pode ignorar seus compromissos com uma ética de responsabilidade. Não há, porém, muralha da China, como já advertia Weber em seus textos clássicos sobre o assunto, entre a ética de responsabilidade e a ética de convicção, tal como na leitura do notável especialista em sua obra Wolfgang Schluchter (Paradoxos da Modernidade, São Paulo, Edusp, 2010). E, por falar em China, ela própria, a seu modo, com a presença de Confúcio encravada em sua História, um bom testemunho disso.

Sob domínio de uma razão instrumental, em que se busca o poder pelo poder, são os princípios que cedem, inclusive - em alguns casos, até principalmente - aqueles com que essa esquerda que aí está se credenciou na opinião pública. Ela nasce em nome da defesa da autonomia dos movimentos sociais diante do Estado, em particular do sindicalismo, da demanda por ética na política, da denúncia corrosiva da estatolatria imperante e do patrimonialismo na administração pública, teses e temas com que renovou nosso repertório político e que, na sua trajetória no poder, acabou por deixar de lado.

Hegel falava na astúcia da razão, que, em meio aos maiores obstáculos, sempre encontraria um modo superior de realização. Nessa marcha à ré em que nos encontramos, quando se devolve à moderna sociedade brasileira o pior do seu passado, devemos duvidar da sua ação sob os trópicos, ou esse regresso, ardilosamente, somente pressagia que agora estamos prontos para enterrá-lo definitivamente?

A volta dos coreanos brasileiros

A volta dos coreanos brasileiros - ARNALDO JABOR

O Estado de S.Paulo -

Meu primeiro grande amor começou num "aparelho" do Partido Comunista Brasileiro em 1963, meses antes do golpe militar. No apartamento, havia um sofá-cama com a paina aparecendo por um buraco da mola, entre manchas indistintas - marcas de amor ou de revolução? Na parede, havia um cartaz dos girassóis de Van Gogh e, numa tábua sobre tijolos, uns livros da Academia de Ciências da URSS. Um companheiro me emprestara a chave com olhar preocupado, sabendo que era para o amor e não para a política.

Pouquíssimas moças "davam", na época anterior à pílula; transar para elas era um ato de coragem política. Nossas cantadas tinham uma base ideológica; famintos de amor, usávamos Marx para convencer as meninas.

"Não! Aí eu não entro!", gemiam as namoradas, empacando na porta do apartamento. Nós, sordidamente, usávamos argumentos assim: "Mas, meu bem... deixa de ser 'alienada'... A sexualidade é um ato de liberdade contra a direita."

Éramos assim nos anos 60. A guerra fria, o "terceiro mundo", Cuba, China, tudo nos dava a sensação de que a "revolução" estava próxima. "Revolução" era uma varinha de condão, uma mudança radical em tudo, desde nossos "pintinhos" até as relações de produção.

Havia os radicais de cervejaria, os radicais de enfermaria e os radicais de estrebaria. Os frívolos, os burros e os loucos. Nas minhas cervejarias filosóficas do passado, o radical (que nunca havia feito nada pelo povo) enchia a cara e gritava: "Viva a Luta Armada! E, garçom, me traz um chopinho!".

Claro que havia também os grandes homens intrépidos, os guerreiros que morreram por seus ideais, com bala na agulha e coragem heroica, arrasados por militares treinados pelos americanos; foi um massacre.

Mas, na verdade, nunca houve bases concretas para o socialismo utópico que praticávamos, mesmo morrendo. Nós odiávamos os 'meios' e só amávamos os 'fins'. Os fracassos nos emprestavam uma aura de martírio que nos enobrecia.

Era uma vingança contra traumas familiares, humilhações, pequenos fracassos. Era também uma mão na roda para a justificar nossa ignorância - não, pois não precisávamos estudar nada profundamente, por sermos a 'favor' do bem e da justiça. A desgraça dos miseráveis nos doía como um problema existencial nosso.

A democracia nos repugnava, com suas fragilidades, sua lentidão, sua obra sempre aberta. A parte chata da revolução deixávamos para a liderança ao presidente da República, na melhor tradição de dependência ao Estado. Jango, coitado, teria de orquestrar as forças delirantes, feitas de restos de um getulismo tardio, oportunismo de pelegos e sonhos generosos da juventude imatura. Valeu-nos 20 anos de bode preto.

Os radicais rotulavam as pessoas como: sectários, aventureiros, obreiristas, desviacionistas de direita, revisionistas, hesitantes, liberais. Ninguém mencionava outras categorias psicológicas: paranoicos, histéricos, babacas, caretas e até filhos da p...

Qualquer argumento mais sofisticado, qualquer sombra de complexidade era traição. O bolchevique espetava o dedo na cara do intelectual e fuzilava: "O companheiro está sendo muito liberal, pequeno-burguês revisionista". E o 'pequeno-burguês' revisionista ia vomitar atrás da porta.

Um 'camarada' me disse: "O marxismo supera a morte!". "Como?" -, disse eu, espantado. "Claro" -, me responde ele iluminado de certeza - "uma vez dissolvido no social, o mito do indivíduo se desfaz e a ilusão de que ele existe como pessoa. Ele só existe como espécie. E não morre. O marxista não morre!". E eu, fascinado, sonhei com a vida eterna...

Por que escrevo essas coisas antigas, estimado leitor? Porque li o espantoso manifesto do PC do B, em apoio aos psicóticos crimes contra a humanidade e seu povo que os Kims vêm cometendo. Defendem um dos regimes mais brutais da história.

Vejam o PC do B:

Sr. Embaixador da República da Coreia do Norte:

A campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real. Apesar de repetidos avisos da RDP da Coreia, os Estados Unidos têm enviado para a Coreia do Sul os bombardeiros nucleares estratégicos B-52. Os exercícios com esses bombardeiros contra a RDP da Coreia são ações que servem para desafiar e provocar uma reação nunca antes vista e torna a situação intolerável.

As atuais situações criadas na península coreana e as maquinações de guerra nuclear dos EUA e seu fantoche aliado, a Coreia do Sul, além de seus parceiros que ameaçam a paz no mundo e na região, nos levam a afirmar:

1. Nosso total, irrestrito e absoluto apoio e solidariedade à luta do povo coreano para defender a soberania e a dignidade nacional do país;

2. Lutaremos para que o mundo se mobilize para que os Estados Unidos e a Coreia do Sul cessem imediatamente os exercícios de guerra nuclear contra a RDP da Coreia;

3. Incentivaremos a humanidade e os povos progressistas de todo o mundo, e que se opõem a guerra, que se manifestem com o objetivo de manter a Paz contra a coerção e as arbitrariedades do terrorismo dos EUA.

Brasília, 2 de abril de 2013.

Não é impressionante o atraso mental do País? Só o hospício.

Milhares de inocentes estão sendo levados a concluir que voltou a hora do 'comunismo', mesmo depois dos milhões de assassinados e do fracasso político e econômico. Milhares de jovens desinformados enchem as faculdades de 'coreanos' em defesa da morte, da repressão e da fome. E saibam que o PC do B controla o esporte e a cultura nacionais.

Quase todos os que gritam slogans como patéticos escravos coreanos não haviam nascido nos tempos de Goulart.

Muita gente sem idade e sem memória ignora que o caminho é o progressivo aperfeiçoamento do que chamávamos de democracia 'burguesa', minando aos poucos, com reformas, a nossa doença fatal: tradição oligárquica e patrimonialista.

Há 40 anos, eu não sabia nada disso. Tanto que para levar meu primeiro amor ao apartamento, lembro de lhe ter dito, entre beijos: "Nosso amor também é uma forma de luta contra o imperialismo norte-americano". E ela foi.

Escola força garota adolescente a pedir por beijo lésbico

Mais uma vez fica evidente: a pseudo-educação sexista proposta pela esquerda e imposta pelo Estado a crianças cada vez mais novas nada mais é que perversão pura e remodelagem comportamental da mais abjeta.

Segundo Todd Starnes, da Fox News, pais indignados disseram que uma escola de Ensino Fundamental em Nova York instruiu jovens estudantes do sexo feminino sobre como pedir um beijo lésbico para a outra — enquanto os garotos eram ensinados a detectar mulheres fáceis — em uma apresentação anti-bullying sobre identidade de gênero e orientação sexual.

Segundo a matéria de Starnes, as crianças compareceram no dia 11 de abril a uma aula especial sobre saúde na Linden Avenue Middle School (na cidade de Red Hook, estado de Nova Iorque) ministrada por estudantes universitários. Os pais não foram notificados da apresentação.
Os estudantes foram introduzidos a termos tais como “pansexual” e “genderqueer”.
Foi dito a algumas das jovens estudantes que era comum para garotas de 14 anos terem sexo e que seus pais nada poderiam fazer para impedir.
Mandy Coon, uma mãe de um estudante da oitava série disse: “Estou furiosa, sou a mãe dela. Aonde foi dito que qualquer um tem o direito de dizer a ela que está tudo bem fazer sexo?”
Segundo a Fox News, Coon disse que sua filha ficou angustiada com a apresentação e confusa pensando porquê foi pedido a ela que incitasse outra garota a beijá-la.
“Ela me disse, ‘Mãe, todos nós fomos seduzidas e tivemos que escolher [garotas para seduzir] — agora vou ser chamada de lésbica porque tive que perguntar a outra garota se podia beijá-la’”, disse Coon.
Segundo a mãe, a escola disse que a intenção dessa lição era “ensinar limites às garotas e como elas deveriam dizer não”. “Eles também escolheram duas garotas para ficarem em frente à classe para se portarem como se fossem duas lésbicas em um encontro”, acrescentou Coon.
O Poughkeepsie Journal noticiou que o Superintendente Distrital do Distrito Educacional de Red Hook, Paul Finch, disse que a aula teve como foco o “aperfeiçoamento cultural, relativo, comunicacional e auto perceptivo”. Finch disse que é mandatório que se ensine no Ensino Fundamental esses assuntos, segundo o ‘Ato de Dignidade para Todos Estudantes’ daquele estado.
A mãe Tara Burns disse à Fox News que “a escola está excedendo seus limites ao não notificar primeiramente os pais e deixar por conta deles a escolha. Achei isso muito inapropriado. Esse tipo de ensinamento é o tipo de coisa que deve se deixar para os pais.”
Os pais dos garotos estudantes daquela escola estavam indignados com as lições escolares sobre uso de camisinha e modos de descobrir se uma garota é uma galinha (slut) ou não.
“Fiquei absolutamente furiosa — muito furiosa”, disse uma mãe de um garoto de 13 anos. “Eles estavam ensinando os garotos a decifrar se uma garota é uma galinha”. Segundo a mãe, que não quis se identificar, foi dito aos garotos que para determinar se uma garota era promíscua ou não, teriam de dar atenção ao modo pelo qual elas se vestiam e ao número de garotos com que elas saíam.
“Não julgamos as pessoas dessa forma na nossa família”, disse a mãe. “Não rotulamos uma mulher pelo quê ela veste ou pela pessoa com a qual ela sai”.
O jornal noticiou que a diretora Katie Zahedi escreveu aos pais no Facebook que o exercício não era “se passar por gay”, mas praticar o ato de dizer “não” a avanços indesejados: “Ao esclarecer a discussão, deixamos claros que absolutamente nenhuma discussão de qualquer ato sexual é apropriada ao Ensino Fundamental, e então eles usaram os exemplos do beijo. Foi uma atividade dividida entre garotas e garotos que, em última análise, teve como fim  promover o respeito e a segurança.”
Segundo a Fox News, a mãe anônima também disse que os garotos foram instruídos a sempre carregarem camisinhas em suas carteiras.
“São apenas crianças,” disse ela. “Estou estupefata que eles puderam achar apropriado esse tipo de aula.”



Publicado no WND.
Tradução: Leonildo Trombela Junior

Chamando o terrorismo por seu nome

A política do New York Times, da Associated Press, Reuters e incontáveis outras publicações é continuar camuflando os atos de terrorismo no Oriente Médio com eufemismos purificadores.

Onde está nossa ira quando nos inteiramos que os terroristas mais honrados pela sociedade palestina são os que assassinaram a maior quantidade de pessoas?

Por que o massacre de Boston pode ocorrer de novo? Agora sabemos.

Os sem coração e malvados terroristas responsáveis pelo atentado na maratona de Boston foram dois irmãos que receberam asilo político nos Estados Unidos. Foi graças à bondade desse país que puderam encontrar a liberdade que lhes negavam em sua Chechênia nativa. O irmão mais velho, Tamerlan, ferido fatalmente depois de disparar com rifles de assalto e de lançar bombas caseiras nos policiais que o perseguiam, estava lá como um residente legal. Seu irmão mais novo, Dzhokhar, em estado delicado de saúde depois de ter sido encontrado ao final de uma intensa caçada humana que fez com que Boston e suas áreas vizinhas ficassem absolutamente paralisadas, havia se convertido em cidadão norte-americano naturalizado, no que só pode ser considerado uma ironia horripilante, em 11 de setembro do ano passado. E é assim como agradecem a seu país adotivo, com sangue.
Foram eles que deixaram as mochilas na linha de chegada da maratona, carregadas com explosivos e com pregos para aumentar seu horrendo impacto em homens, mulheres e crianças inocentes. Foram eles que se afastaram calmamente enquanto a área se enchia com os gritos dos feridos que perderam braços e pernas, com o sangue dos mutilados que passaram de corredores a incapacitados para o resto da vida, e os prantos dos que testemunharam uma tragédia que está muito além do que as palavras podem descrever.
E agora também sabemos que Dzhokhar passou os dias posteriores ao inumano ataque, publicando letras de rap no Twitter e saindo para festas com seus amigos. “Sou uma pessoa descontraída”, escreveu em sua página do Facebook. Há tanto que continua sendo um mistério. Ainda não sabemos se atuaram sós (pouco provável). Porém, o que já é claro é que o irmão mais velho se converteu em um muçulmano radical e deu um jeito para influenciar seu irmão mais novo, conseguindo que este se unisse à sua Jihad.
Do mesmo modo que tantos antes deles, estes eram terroristas com uma causa. Puderam racionalizar seu comportamento inumano.
O presidente Obama levou um dia inteiro depois do massacre de Boston para chegar à conclusão de que quando “nós” somos o objetivo “sempre que se utilizam bombas para atacar civis inocentes, então, certamente é um ato de terror”.
Que diferença surpreendente!
Quando os terroristas disparam mísseis nos centros civis em Israel, a imprensa - inclusive o New York Times - se esforça para identificá-los simplesmente como “militantes”. Militante é uma palavra moralmente neutra. Por outro lado, a palavra terrorista é pejorativa, não esconde a natureza malvada da ação, sempre é má, sempre é um ato imperdoável de maldade. E essa é precisamente a razão pela qual a política do New York Times, da Associated Press, Reuters e incontáveis outras publicações é continuar camuflando os atos de terrorismo no Oriente Médio com eufemismos purificadores e etiquetando erroneamente os terroristas como “lutadores pela liberdade”, “rebeldes” ou simplesmente “militantes”.
Quando o objetivo é Israel, o New York Times e grande parte do resto do mundo não ouve sobre terrorismo, não vê terrorismo e não informa sobre terrorismo. Os mísseis disparados sem provocação desde Gaza à civis em Sderot e as áreas vizinhas, foram ocorrências diárias durante anos. Porém, certamente foram disparados por simples “militantes”.
Como assinalou Eric Draitser perspicazmente: na semana passada houve uma surpreendente mudança no léxico da imprensa maciça nos Estados Unidos. Os islâmicos chechenos já não são denominados “rebeldes” nem “lutadores pela liberdade”. Após a notícia de que chechenos estiveram envolvidos no ataque em Boston, a linguagem mudou de imediato. A Associated PressReuters e outros incontáveis meios de comunicação publicaram artigos discutindo a “ameaça da Jihad” em lugares como Chechênia, onde “os ataques suicidas, as disputas sangrentas e a tomada de reféns” são uma rotina.
Porém, quando o tema não é Boston, seguimos longe de reconhecer a verdade sobre o terrorismo. A retidão política continua sendo sacrossanta e a expressão de um juízo moral em um contexto político continua sendo proibida.
Onde está a ira quando nos inteiramos que nesta mesma semana dois terroristas, Alam Kaabi e Sala Hamouri, que planejaram e executaram o assassinato do ministro israelense de turismo, Rehavam Zeevi, e planejaram assassinar o Grande Rabino Sefaradí, Rabino Ovadia Yosef - descritos na imprensa como “prisioneiros libertados recentemente” em troca da libertação de Gilad Shalit - serão honrados em uma cerimônia na Bourse de Travail da municipalidade de St. Denis, um subúrbio de Paris, a capital da França, acompanhados por um representante da Anistia Internacional?
E onde está a ira, quando nos inteiramos que os terroristas mais honrados pela sociedade palestina são os que assassinaram a maior quantidade de pessoas? Abd Al-Baset Ude, assassino de 30 pessoas no massacre do Seder de Pesaj em Netania, teve um torneio de futebol chamado em sua honra durante 14 anos. Seu irmão foi honrado com a distribuição dos troféus. Dalal Mughrabi, terrorista seqüestradora de ônibus, que liderou um dos ataques terroristas mais letais na história de Israel em 1978 quando ela e outro terrorista assassinaram 37 civis, 12 deles crianças, teve colônias de férias, escolas, cerimônias de graduação e eventos desportivos nomeados em sua honra, do mesmo modo que muitos documentários de TV honrando-a. Taer Hamad, um pistoleiro solitário que assassinou 10 israelenses em 2002, foi glorificado pelo jornal oficial da Autoridade Palestina (AP) como “o herói da Intifada”.
Esta adulação aos piores terroristas e glorificação por seu heroísmo, reflete a política da liderança atual da Autoridade Palestina. O presidente da AP, Mahmoud Abbas, cujo nome é precedido invariavelmente na imprensa com o adjetivo de “moderado”, não faz muito tempo publicou: 
“Saudação de honra e apreço” a assassinos em massa, aos quais nomeou publicamente um por um:
“Envio saudações de honra e apreço a todos os prisioneiros... Said Ataba (cumprindo prisão perpétua por assassinato em ataque terrorista)... Marwan Barghouti (cumprindo cinco prisões perpétuas por planejar ataques terroristas mortais)... Ahmad Saadat (cumprindo 30 anos de prisão por liderar a organização terrorista Frente Popular pela Libertação da Palestina, honrado na televisão pela AP por planejar o assassinato do ministro israelense Zeevi em 2001, e nunca tê-lo concluído)... Aziz Dweik (líder do Hamas, presidente do parlamento palestino)... Jamal Huweil (prisão perpétua por planejar ataques terroristas)... Jamal Tirawi (prisão perpétua por ataque suicida em um café)... Saudações a vocês de nosso povo” (fonte: página no Facebook do Fatah, em 28 de março de 2013).
Os heróis inevitavelmente conseguem seguidores. Enquanto aqueles que são desavergonhada e cruelmente responsáveis pelos assassinatos de inocente recebam a adulação do mundo em vez de desprezo e da condenação, desafortunadamente continuaremos produzindo mais e mais de seus discípulos.
Temo que Boston ocorrerá de novo até que os terroristas de todo o mundo sejam rotulados como maldade pura - não só quando nos ameacem pessoalmente como americanos, senão onde seja que façam sua diabólica aparição.
É hora de proclamarmos inequivocamente que todo aquele que é culpado de matar indiscriminadamente a inocentes, por mais justa que ele considere sua causa, já não merece ser parte da sociedade civilizada.

Tradução: Graça Salgueiro

Cultura, alta cultura, literatura: um Brasil sem referências

Ao longo de sua história, a humanidade sempre encontrou motivos para caracterizar cada época de seu desenvolvimento como “essencialmente diferente das demais” – pois o mais provável é que assim o fosse.
Cada sociedade – modernamente digamos: cada país – tem uma face peculiar num dado momento do tempo. Isto é a base da refutação daquela crítica segundo a qual “desde sempre o homem lamenta sua condição no mundo; não há nada de novo em se apontar problemas no que quer que seja”. Ora, de fato, a crítica dos arredores é natural à condição do homem de ser racional e desde os primórdios de suas atividades intelectuais os homens se debruçam sobre o problema dos males no mundo. Mas é preciso assinalar este outro fato: cada momento na história – bem como cada geração em cada particular localidade – apresenta problemas que não se confundem com aqueles gerais da época ou com os que vieram antes, embora necessariamente relacionem-se a estes. Por isso não há nada mais legítimo do que os representantes de cada geração, em cada sociedade ou país, dedicarem-se à crítica de seus arredores mais imediatos, pois certamente encontrarão aí algo de novo a que as críticas anteriores não se podiam reportar.
Este texto tem duas premissas: 1) pensar o Brasil de hoje consiste em identificar os particularíssimos problemas que caracterizam nossa presente sociedade e a localizam dentro do momento histórico global; 2) pensar qualquer sociedade consiste enormemente na análise de seus fatos culturais: antes das instituições políticas e das leis, e seguindo o curso do comportamento típico da sociedade – valores, crenças, opiniões – num dado momento do tempo, tem-se, como um espelho deste, a cultura.
Qual o estado da cultura brasileira atual? O que salta aos olhos quando nos fazemos essa pergunta é um fato impressionante: a ausência cabal, no Brasil de hoje, daquilo que se chama alta cultura. Perceba o leitor que a importância dessa constatação reside em que nela se condensa aquilo que seria o nosso “particularíssimo problema”. Poderíamos igualmente destacar entre nossos males a desonestidade de nossa classe política ou a imoralidade que se vem tentando oficializar legalmente, na esteira de vir ganhando cada vez maior circulação entre o povo. No entanto, esses são problemas que se inserem numa grade de tendências mais ou menos globais. Num país como os Estados Unidos, apesar de o governo estar refém de um programa partidário tão pernicioso quanto o brasileiro, ainda há a dita alta cultura. Mas entre nós… O que se passa?
Entenda-se por alta cultura todas aquelas obras da criatividade humana em que o momento histórico no qual se inserem, bem como os legados da humanidade como um todo, são traduzidos simbolicamente, atendendo a critérios estéticos elaborados pela tradição dos gêneros artísticos; uma obra de arte digna de nota deve remeter-se à tradição que a precede (sejam romances, quadros, peças musicais), não necessariamente filiando-se a ela, mas de algum modo respondendo a ela, ainda que para negá-la. Ora, a principal característica da cultura brasileira atual é um profundo desconhecimento das tradições artísticas, não digo nem do Ocidente, mas mesmo do próprio Brasil, variando da ignorância total ao domínio capenga daqueles critérios estéticos necessários à composição de qualquer obra que almeje um diálogo ativo com os cânones.
Em verdade, associada à parca educação da classe incumbida de produzir nossa alta cultura (a relação de distância quanto às tradições artísticas redunda em falta de educação), verifica-se uma acachapante falta de ambição da parte do artista brasileiro contemporâneo. Isto pode soar contraditório, quando o que mais vemos por aí são homens e mulheres alardeando seus talentos artísticos, seja em revistas culturais (que não são poucas entre nós), em blogs, na televisão ou mesmo pelas ruas.
De fato, a julgar pelas aparências, um marciano que ainda não dominasse em profundidade o conceito de alta cultura acreditaria ter no Brasil um verdadeiro caldeirão cultural, páreo para uma Inglaterra renascentista ou uma Rússia do século XIX. Mas a verdade é que por trás de tanto barulho pouco de efetivamente relevante se salva. E, se assim o é, isto se pode creditar em grande medida à falta de ambição do artista brasileiro: o que em princípio é mera ignorância da tradição torna-se logo em programa de trabalho, e imediatamente se têm manifestos exaltando a espontaneidade, a instantaneidade e a falta de seriedade do que deviam ser obras de arte. Ou seja, o artista brasileiro contemporâneo não almeja um diálogo com os cânones, ao menos não enquanto continuador consciente deles, enquanto autor do que a contemporaneidade legará de canônico ao futuro. Se se disser a um jovem poeta brasileiro que ele escreve pior do que Camões, ele fará uma cara de espanto e dirá “Mas é claro! É Camões!”, ou talvez nem se precise ir tão longe: peça-se ao jovem poeta para competir com um Manuel Bandeira, com um Carlos Drummond, e ele retribuirá com um olhar quase ofendido – ofendido em nome de seus intocáveis predecessores, sobre os quais é sacrílego supor que possam ter nos dias de hoje quem os desafie. E, no entanto, há outro modo de se produzir alta cultura?
Façamos, em tempo, a distinção fundamental entre cultura e alta cultura. Evidentemente, esta está contida naquela. Venho tratando por alta cultura tudo aquilo que, dentro do bojo comum das manifestações da personalidade de um povo – a cultura –, destaca-se pelo refinamento de sua composição e por não ser apenas reflexo do momento cultural, mas que traga em sua estrutura algo de autoconsciência e autocrítica. É essa característica autoconsciente que permite a alguns artistas transcenderem seu momento sociocultural, sendo capazes, entre outras coisas, de parodiá-lo, mesmo estando inseridos nele. Tal capacidade de distanciamento só é possível quando já se empreendeu um verdadeiro estudo do objeto o qual se deseja retratar; do contrário, no caso desse objeto corresponder à realidade circundante, o máximo que se consegue é determinar-se por ele.
O que ocorre no Brasil de nossos dias é justamente a redução da arte ao espontâneo impensado, ou, em outras palavras: há uma contaminação da alta cultura pela cultura, não sendo demasiado identificar mesmo uma total substituição daquela por esta. Um exemplo notório disso é serem tomadas por poesia as letras de canções populares que, como insistia fervorosamente Bruno Tolentino, podem ter muito de poético, mas estão um tanto aquém do poema propriamente dito.  Acontece que a poesia hoje foi reduzida ao status de texto de teor confessional, onde se dá arbitrariamente uma disposição vertical a linhas de prosa quebradas, texto esse que, musicado ou não, não apresenta qualquer particularidade em relação à letra de música. Já a musicalidade própria da poesia, obtida nos metros ritmados e de jogos de rima, é considerada um belo arcaísmo, coisa difícil demais de se fazer, pois demanda estudo, treino e, evidentemente, tempo – o que vai contra as regras da espontaneidade desleixada do poeta contemporâneo.
A literatura é, por excelência, o veículo onde se cristalizam as características de uma sociedade num dado momento. Em seus melhores exemplares, ela não é um mero espelho, mas, como dito anteriormente, apresenta uma visão crítica da realidade que nela se reproduz, o que implica dizer que a boa literatura ajuda a compor a realidade, modificando-a. Daí seu papel crucial para o desenvolvimento das sociedades, pois sintetiza e avalia seus valores e dá ao povo um auto-retrato que nunca deixa de influenciar a psique coletiva.
Cabe-nos então olhar para a arte brasileira contemporânea, dando especial atenção à literatura e perguntando a partir dela: quem somos nós? Porém, eis o dilema: no Brasil deste início de século XXI não há uma literatura que nos represente, que dê conta de nos mostrar enquanto totalidade de um povo, expondo nossas contradições e assinalando nossos pontos fortes, de modo que nela o brasileiro tenha a condensação de sua essência.
Nossa prosa recente, que sai dos blogs para os livros impressos sem perdas ou ganhos, é presa de um subjetivismo inócuo, focalizando protagonistas sem raízes, de todo indiferentes ao fato de pertencerem a circunstâncias maiores que seus umbigos. Quando olhamos para a grande literatura universal – digamos, os gênios russos do século XIX –, vemos, pelo contrário, um esforço incansável da parte dos autores para situar suas personagens no momento histórico, sem com isso comprometer a análise psicológica e a descrição de ambientes imediatos. Mas o jovem ficcionista brasileiro parece recusar-se a tal esforço intelectual e imaginativo; prefere seguir o jorro de uma escrita automática, disfarçada de pós-modernismo combativo, sendo que, até este momento, tudo que tem logrado combater é aquela dama agonizante chamada Literatura Brasileira, que há pelo menos duas gerações não dá o ar da graça pelas bandas daqui.[1]
E, no entanto, raras vezes se viu ausência tão eloquente, capaz, ironicamente, de dizer mais sobre o que somos hoje do que a ficção que tantos escrevem sem obter resultados. Somos, pois, isso: uma sociedade sem autoconsciência, sem superego e totalmente entregue à preguiça dos automatismos do momento.

Nota:

[1] Não há quaisquer exceções? Há, sim; pouquíssimas e notadamente frutos de esforços isolados, que conseguem despontar à revelia do meio cultural geral. Mas, para os fins deste texto, é melhor não alentar o leitor com as exceções: ganhamos mais mantendo o cenho fechado e as esperanças em suspenso, pois em estado de alerta trabalha-se mais e melhor.

Lorena Miranda, graduada em Letras, é mestranda do Departamento de Literatura e Cultura Russa da USP.

Publicado no site da revista Vila Nova.

Erenice assessora multinacionais em projetos bilionários

Erenice assessora multinacionais em projetos bilionários

Dois anos e meio depois de ser demitida da Casa Civil, ex-ministra defende empresas interessadas em negócios com o governo federal

Pouco mais de dois anos e meio após ser demitida da Casa Civil em meio a denúncias de tráfico de influência, a ex-ministra Erenice Guerra tem defendido interesses de grandes multinacionais que buscam conquistar negócios junto ao governo federal, inclusive em obras do Programa de Ac eleração do Crescimento (PAC). O escritório Guerra Advogados, do qual é sócia, está representando empresas do setor de energia. Erenice era consultora jurídica do Ministério de Minas e Energia quando a presidente Dilma Rousseff era titular da pasta.

Ex-braço-direito de Dilma, de quem foi secretária-executiva na Casa Civil no governo Lula, Erenice assumiu o comando da pasta quando a petista saiu para disputar a Presidência em 2010. A ex-ministra foi prestigiada pela antiga chefe mesmo após ser defenestrada do governo Lula. Erenice estava na ala dos convidados especiais do Palácio do Planalto na cerimônia de transmissão da faixa presidencial de Lula para Dilma. Também foi à festa da posse no Palácio do Itamaraty. ...

Com experiência na administração pública e uma rede de contatos no governo federal, Erenice foi contratada, por meio de seu escritório, pela multinacional Isolux Corsán, com sede na Espanha. Ela atua, por exemplo, em processo administrativo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para rever as condições da concessão de trecho de linhas de transmissão de Tucuruí, sob controle da empresa espanhola.

A Isolux afirmou que contratou o Guerra Advogados e outros dois escritórios de advocacia de Brasília “com atuação administrativa junto à Aneel, para a discussão e o encontro de soluções em relação ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão de linhas de transmissão — Linhão de Tucuruí.” Área que Erenice conhece profundamente.

Na França, está o controlador de outro megaempreendimento do setor elétrico com a participação de Erenice, segundo fontes credenciadas do setor. A ex-ministra atua na disputa de bilhões de reais entre as usinas de Jirau e Santo Antônio pela alteração do nível do Rio Madeira, duas obras do PAC. Ela, segundo essas fontes, presta consultoria para a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), que administra Jirau. A ESBR, que é controlada em 60% de suas ações pela francesa GDF Suez, disse que não se pronuncia sobre o tema da reportagem.

Segundo políticos que atuam na área de energia, Erenice está intermediando a negociação para venda de ativos da Petrobras na Argentina. E trabalhando para o grupo argentino Indalo, que fez uma oferta de compra. Procurado, o grupo Indalo não se manifestou. Já a Petrobras disse, em um primeiro momento, que não comentaria o assunto. Duas horas e meia depois, informou desconhecer qualquer ligação de Erenice com o grupo Indalo e esse tema.

Erenice não retornou as ligações do GLOBO. Nenhuma das empresas citadas negou relação com ela ou com o escritório dela quando procuradas.

No meio político, chamou atenção a passagem de Erenice por Fortaleza, no início de abril, na mesma data em que a presidente Dilma cumpria agenda oficial na cidade. Mas não há informação de que as duas tenham se encontrado. A presidente passou poucas horas na cidade, em eventos públicos. Na ocasião, a ex-ministra teve uma audiência com o vice-governador do Ceará, Domingos Filho (PMDB).

Segundo o vice-governador, Erenice pediu o encontro como consultora de uma empresa chamada Brasil Solar. Posteriormente, ao checar a sua agenda, a assessoria de Domingos Filho afirmou que, na verdade, a ex-ministra marcou audiência como consultora da Solar Technics, subsidiária do grupo GDF Suez, o mesmo da usina de Jirau. A empresa trabalha com instalação e financiamento de grandes sistemas industriais de produção de energia solar.

— Ela queria saber da política energética do estado. O Ceará é o único polo no Brasil de produção de energia solar. Várias empresas nos procuram para conhecer o projeto — disse o vice-governador ao GLOBO.

O governo do Ceará criou o Fundo de Incentivo à Energia Solar (Fies), para atrair investimentos nesse setor. A mulher de Domingos Filho, Patrícia Aguiar, é prefeita de Tauá, localizada em uma região que, segundo estudo, concentra a maior radiação solar do país. Em Tauá está localizado um projeto de produção de energia solar do empresário Eike Batista.

Advogada, ex-funcionária pública com carreira na Eletronorte, de onde se desligou no auge do escândalo, Erenice tem atuado basicamente na área de energia, segundo informações obtidas nas duas últimas semanas com diferentes fontes do governo e da iniciativa privada.

O nome de Erenice é citado em esquema de fraude do programa Minha Casa Minha Vida, do Ministério das Cidades, como O GLOBO informou no dia 14. Em ação judicial, Fernando Lopes Borges, ex-sócio da RCA, empresa no centro do caso, diz, sem apresentar provas, que o desvio de recursos teria começado com Erenice. Ela teria articulado a entrada de bancos privados na operação do programa habitacional em pequenos municípios. Segundo o denunciante, ela teria direito a R$ 200 por casa construída.

Erenice é filiada ao PT desde 1981. Trabalhou no governo de Cristovam Buarque (na época no PT) no Distrito Federal e na assessoria da bancada do partido na Câmara, onde produzia pareceres técnicos na área de energia. No final de 2002, na equipe de transição, passou a atuar na área de infraestrutura, onde conheceu Dilma.
 
Pendências em que Erenice atua no setor energético envolvem bilhões

Lotes vencidos por empresa espanhola somam R$ 1,8 bilhão
As negociações do setor elétrico nas quais a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra atua envolvem bilhões de reais. Os lotes vencidos pela Isolux Corsán no Linhão de Tucuruí, que integrará Manaus ao Sistema Interligado Nacional, são obras que somam R$ 1,8 bilhão e deverão ficar prontas em maio, segundo o último balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para a empresa, a obra (que sofreu com o atraso na liberação de licenças ambientais) custará muito mais. O reequilíbrio econômico de contrato, que prevê a construção de 1,7 mil quilômetros de linhas, deverá alterar as condições apresentadas no leilão ocorrido em 2008. A empresa, que tem o escritório de Erenice Guerra como defensor de seus interesses, busca uma solução financeira mais favorável no processo administrativo com a Aneel.

A multinacional espanhola estudou abrir o capital do seu braço de infraestrutura na Bolsa de Valores brasileira, como forma de alavancar mais rapidamente seus negócios no país. Após a crise global, desistiu de lançar ações, mas ainda possui planos ambiciosos para o país nos setores de energia elétrica e concessões de rodovias, entre outras grandes obras de infraestrutura.

Em 17 de janeiro, o então presidente mundial do grupo Isolux Corsán, Antonio Portela Alvarez, esteve em audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

No caso da disputa do Rio Madeira, está nas mãos do governo uma decisão com impacto estimado em R$ 2 bilhões. A briga entre Jirau e Santo Antônio diz respeito à possibilidade de mudança do nível dos reservatórios das usinas, implicando ganhos ou perdas para elas. Segundo a Santo Antônio Energia, a mudança traria ganhos de produção de energia elétrica para ambas.

O governo torce por um acordo das duas empresas e não toma uma decisão, o que favorece Jirau, para quem Erenice está trabalhando, segundo fontes. De acordo com os controladores da usina de Santo Antônio, a mudança deve ser feita até o início do segundo semestre para ser viável. Sem decisão, o nível do reservatório não mudaria, o que coincide com o desejo da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), administradora de Jirau e controlada em 60% de suas ações pela francesa GDF Suez.
 
Por Fernanda Krakovics e Danilo Fariello
Fonte: O Globo -

 

 

TRAFICANTE TEM QUE SER DEVOLVIDO PARA O INFERNO

entrevista que o Deputado Fernando Chiarelli, do Rio Grande do Sul concedeu ao programa de televisão "balanço aberto", sobre a questão de drogas no País. Vale ver o vídeo é muito bom mesmo.



Olha o perigo!

Olha o perigo! 
Carlos Tude
A situação política do Brasil está grave, diante da iminênciade ruptura do estado de direito, perpetrado pelos petistas, inconformados pela condenação do "subchefe da quadrilha" José Dirceu (o chefe é o Lula).
A manifestação do PT em São Paulo, contra a condenação dos seus membros em razão do julgamento do mensalão, é perfeitamente admissível numa democracia.
Todavia, as manifestações dos "porta-vozes", Tóffoli e Lewandovsky, pedindo a "transformação" da pena de prisão em multa, é um ESCÁRNIO, INADMISSÍVEL DE SER PROPOSTA POR UM JUIZ, AINDA MAIS SE ELE FAZ PARTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Como estou dirigindo este e-mail para diversos amigos, a grande maioria com formação diversa da área jurídica, peço licença para um pequeno esclarecimento, do porque do perigo das manifestações dessas duas figuras nefastas que, infelizmente, teem assento no Supremo.

No Direito penal, o princípio da legalidade se desdobra em outros dois: princípio da anterioridade da lei penal e princípio da reserva legal.

Por anterioridade da lei penal, entende-se que não se pode impor uma pena a um fato praticado antes da edição desta lei, exceto se for em benefício do réu.
Já a reserva legal, estabelece não existir delito fora da definição da norma escrita O princípio nullum crimen, nulla poena sine lege é cláusula pétrea da Constituição.
Como nós sabemos, o Código Penal é TÍPICO.
Na aplicação da Lei Penal, o Juiz não pode se valer, por exemplo, da ANALOGIA.
Os elementos constitutivos de um crime devem ser preenchidos na sua TOTALIDADE.
Portanto, o Juiz deve se ater ao que está escrito na Lei Penal.
Assim, o que pode gerar tais manifestações?
É simples: incentivado por esses dois IMBECIS, a bancada dos Petralhas pode apresentar projeto de Lei, por exemplo, mudando a penalidade dos crimes de corrupção ativa e passiva (crimes contra a Administração Pública) de prisão para pena de multa.
O que acontecerá, se for feita esta alteração nas penas?
Dentro dos princípios Constitucionais e do Código Penal, a LEI POSTERIOR NÃO SE APLICA AOS CASOS JULGADOS ANTERIORMENTE, SENÃO EM BENEFÍCIO DOS RÉUS.
Por exemplo: uma pessoa é condenada a um ano de prisão por furtar uma bicicleta.
Lei posterior, revoga essa penalidade, dizendo não ser crime o furto de bicicleta.
O Réu, INSTANTANEAMENTE, terá de ser posto em liberdade.
Voltando ao mensalão, caso mude a penalidade de prisão para multa nos crimes praticados pelo Zé Dirceu, ele, simplesmente, com os milhões amealhados pela quadrilha, sairá da prisão, caso seja preso, RINDO DE TODO O POVO BRASILEIRO, EXCETO OS SEUS COMPARSAS.
Portanto, a gravidade do assunto é visível: será a desmoralização do Supremo, não de seus membros, e sim da instituição, que representa um dos PODERES DA REPÚBLICA, talvez o mais importante.
Assim, peço a você, caso concorde com os termos dessa minha
manifestação, divulgue este e-mail para o maior número de pessoas, a fim de que a Nação fique atenta, e impeça um golpe na tênue democracia brasileira.

Cada frase de Dilma Rousseff no discurso em Campo Grande mereceria uma vaia do Brasil que pensa

Celso Arnaldo: Cada frase de Dilma Rousseff no discurso em Campo Grande mereceria uma vaia do Brasil que pensa

CELSO ARNALDO ARAÚJO
Pouco antes do ataque em dilmês-desabafo, disparado por sua bateria antivaias, Dilma Rousseff teve outro rompante, dirigido a um sujeito na plateia que, de repente, se transmutou numa senhorinha que simplesmente repetia seu nome:
“Eu vou voltar ao meu início. Tem um companheiro ali que gosta de falar o meu nome, vocês notaram? Oi. Você fala Dilma, eu falo oi para você. É uma senhora, por sinal. Outro. Agora parou, gente, peralá, deixa eu falar o fim. Tá”.
Por sorte, parou. Porque seria um interminável diálogo de loucos e moucos:
– Dilma
– Oi
– Dilma
– Oi
Peralá: o fato é que madame está muito mal acostumada — há três anos diz as maiores barbaridades, na forma e no conteúdo, um escandaloso tratado de mentiras insinceras que não interessam, e ouve “Dilmá, Dilmá, Dilmá” da plateia amestrada. Quando alguém, de outro tipo de plateia, diz seu nome sem o afetuoso acento agudo na última sílaba, a coisa fica grave.
Aliás, esse discurso de Campo Grande já nasce histórico, não só pelas primícias das vaias como por ter sido, até o momento, a mais longa manifestação em dilmês já registrada: 49min36s.
O Portal acaba de colocar no ar sua espantosa transcrição literal — e, como de costume, cada frase mereceria uma vaia do Brasil que pensa, a começar da primeira:
“Eu saúdo todos os estudantes, todas as crianças do nosso país que têm e que carregam consigo o nosso futuro”.
Nesse discurso, a cabeça aérea que prometera 800 aeroportos agora voa ainda mais alto para o território do nunca, a bordo de aeronaves que rasgarão essas pistas-fantasmas:
“Vamos subsidiar assentos nos aviões, para que eles se tornem competitivos, ou seja, nós pagamos a diferença entre a passagem de ônibus e o preço médio da passagem de aviação, para aviões regionais nós vamos bancar”.
E só faltava essa: Dilma Rousseff, tentando fazer embaixadinhas com a Copa do Mundo, ainda teve a audácia de citar Nelson Rodrigues, em dilmês. Foi exatamente assim, segundo o Portal do Planalto:
“E ele dizia uma coisa, e eu queria dizer isso para vocês. Ele dizia que se uma equipe entra… eu não vou citar literalmente, não, mas se uma equipe entra para jogar com o nome Brasil, se ela entra para jogar com o fundo musical do Hino Nacional, então ela é a pátria de chuteiras”.
Dilma faz Nelson Rodrigues soar muito pior que José Sarney em seus piores momentos. Justo Nelson Rodrigues, o genial escritor que colocou a vaia em seu devido lugar. Se Dilma soubesse ler, e lesse Nelson Rodrigues sem citá-lo de orelhada como se fosse uma pessoa ainda na fase da pré-aquisição da linguagem, ela talvez entendesse as vaias que recebeu em Campo Grande e com elas se consolasse, sem rodar a havaiana.
Além de decretar que a vaia é o aplauso dos descontentes, escreveu Nelson:
“A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem”.
Leia-se: o lulopetismo corrompe.

Dilma é vaiada por produtores rurais em Mato Grosso do Sul



Dilma é vaiada por produtores rurais em Mato Grosso do Sul

Por Luiza Bandeira, na Folha:
Durante ato em Campo Grande em que recebeu vaias de ruralistas em protesto contra a demarcação de terras indígenas, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que não basta o crescimento da economia para o país se tornar uma nação desenvolvida. ”Se falarem pra vocês que é só o PIB crescer, acreditem parcialmente. [...] Tem uma coisa sem a qual não daremos nem um salto e nenhum passo à frente, e essa coisa chama-se educação”, discursou a petista em sua primeira visita ao Estado após eleita.
 A presidente começou a ser vaiada assim que seu nome foi anunciado no alto-falante pelo locutor do evento. Gritos de “demarcação não” se repetiram enquanto Dilma entregava chaves de ônibus escolares a 78 prefeitos do Estado. Constrangido, o governador André Puccinelli (PMDB) chegou a ir ao microfone pedir “respeito” à presidente. Em discurso, Dilma afagou os manifestantes: “Ô gente, eu acho bom vocês gritarem. Democracia é isso”. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Eduardo Riedel, classificou a situação fundiária no Estado como “panela de pressão”. Ele pediu que a Funai (Fundação Nacional do Índio) suspenda demarcações de terra enquanto o Judiciário não julga a questão.
 Segundo Riedel, havia mil ruralistas na cerimônia –o governo do Estado fala em público total de 2.000 pessoas. O Planalto já havia avisado à presidente que haveria protestos. Um assessor chegou a conversar com o grupo antes da visita. Nem mesmo o anúncio de benesses para a região quebrou o clima hostil do evento, já que neste momento a petista chamou “Mato Grosso do Sul” de “Mato Grosso”, o que lhe rendeu novas vaias. “Mato Grosso do Sul. Vocês me desculpem”, corrigiu-se Dilma. Em 2005, ainda ministra, ela já havia cometido a mesma gafe em visita ao município de Sidrolândia (MS).
(…) 

O risco bolivariano

O risco bolivariano - RODRIGO CONSTANTINO

O GLOBO 

Com petistas, todo cuidado é pouco. O país assistiu, nos últimos dias, a uma tentativa escancarada de ataque à democracia. Enquanto artistas da esquerda caviar protestavam contra o pastor Feliciano, dando beijos uns nos outros, os "mensaleiros" da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tentavam usurpar o poder do STF à surdina. Montesquieu ficaria horrorizado com tanto descaso à divisão entre os poderes.

A autoria da proposta de emenda constitucional aprovada é de Nazareno Fonteles, deputado petista pelo Piauí. Não é sua primeira proposta absurda. Em 2004, ele apresentou um projeto de lei complementar que estabeleceria uma "poupança fraterna". Puro eufemismo: tratava-se de uma medida avançada rumo ao socialismo.

O artigo primeiro dizia: "Fica criado o Limite Máximo de Consumo, valor máximo que cada pessoa física residente no País poderá utilizar, mensalmente, para custear sua vida e as de seus dependentes." Acima desse valor arbitrário definido pelo governo, a renda seria confiscada para essa poupança compulsória coletiva. Uma bizarrice que nos remete ao modelo cubano.

É realmente espantoso que, em pleno século 21, ainda tenhamos que combater uma ideologia tão nefasta quanto o socialismo, que deixou um rastro de escravidão, morte e miséria por onde passou. Mas uma ala petista, com outros partidos da esquerda radical, ainda sonha com essa utopia assassina. Tanto que chegaram a assinar carta de apoio ao ditador coreano!

São os nossos "bolivarianos", que se inspiram no falecido Hugo Chávez, cujo "socialismo do século 21"é exatamente igual ao do século 20. Vide a militarização crescente imposta por Maduro, o herdeiro do caudilho venezuelano, assim como a inflação fora de controle e o aumento da violência. Socialismo sempre estará associado ao caos social e à opressão.

Países que já sofreram na pele com esse regime não querem mais saber de partidos ostentando tal ideologia. A Hungria, seguindo outros países do Leste Europeu, acaba de vetar símbolos nazistas e comunistas. Não há por que proibir a suástica e permitir a foice com o martelo. Ambos representam regimes assassinos, totalitários, antidemocráticos.

Se o socialismo é o mesmo de sempre, a tática para chegar a ele mudou. Hoje, os socialistas tentam destruir a democracia de dentro, ruindo seus pilares, mas mantendo as aparências. Eles aparelham toda a máquina estatal, infiltram-se em todos os lugares, e partem para uma verdadeira revolução cultural, sustentada pelo relativismo moral exacerbado.

Não existem mais valores objetivos, ninguém pode julgar nada, vale tudo, e quem discorda sofre de preconceito e é moralista. Com essa agenda politicamente correta, os socialistas modernos vão impondo uma mentalidade fascista que, em nome da "tolerância" e da "diversidade", não tolera divergência alguma.

Triste é ver que alguns homossexuais aderem a esse movimento, ignorando que o socialismo sempre perseguiu os gays. Chega a ser cômico ver o deputado Jean Wyllys usando boina no estilo Che Guevara, um facínora que achava que os gays tinham de ser "curados" em campo de trabalho forçado.

Como não temos uma oposição política organizada que valha o nome, resta como obstáculo a esse golpe bolivariano basicamente a força de quatro instituições: família, igreja, imprensa e Judiciário. Não por acaso são esses os principais alvos dos golpistas. Eles sempre menosprezam o núcleo familiar tradicional, atacam ou se infiltram nas igrejas (vide a Teologia da Libertação ou a própria CNBB), insistem no "controle social" da imprensa, e desejam diluir o poder do Ministério Público e do STF.

Há até mesmo uns dois ali que mais parecem petistas disfarçados de ministros. Não é exclusividade latino-americana tentar ir por esse caminho. Roosevelt tentou expandir a quantidade de ministros da Suprema Corte para diluir a oposição ao seu "New Deal", claramente inconstitucional. Mas as instituições americanas são mais resistentes e suportaram o golpe. Na América Latina, infelizmente, há terreno mais fértil para populistas autoritários.

Nesse ambiente, os defensores da liberdade e da democracia não podem cochilar jamais. É preciso tomar cuidado com as cortinas de fumaça criadas para esconder o jogo sujo dos bastidores. Foi marcante, por exemplo, a discrepância entre a reação histérica ao pastor Feliciano, e a postura negligente com os "mensaleiros" na CCJ. Estranhas prioridades.

Nossa liberdade corre sério perigo, e seus principais inimigos são os jacobinos disfarçados de democratas. Acorda, Brasil!

Governos do PT e petistas apoiam os vários assaltos ao Judiciário na América Latina; trata-se de uma estratégia

Reinaldo Azevedo

Governos do PT e petistas apoiam os vários assaltos ao Judiciário na América Latina; trata-se de uma estratégia

No post anterior, afirmei que voltaria a tratar do binômio— já escrevi a respeito nesta quinta — “Poder Judiciário-Foro de São Paulo” — a entidade que reúne partidos de esquerda da América Latina e Caribe. Foi criado em 1990 por Luiz Inácio Lula da Silva e Fidel Castro e se reuniu, pela primeira vez, na capital paulista — daí o nome. Junta agremiações que disputam eleições, como o PT; partidos que se impõem pelo terror e pela ditadura, como o Comunista de Cuba, e adeptos da luta armada, como os narcoterroristas das Farc. Oficialmente ao menos, esses nazistoides das matas deixaram o Foro. Mas o grupo continua a reconhecê-los como uma força legítima, que luta por igualdade e socialismo… Então tá. O Foro existe ou é, como faz crer a grande imprensa brasileira por sua omissão, apenas um delírio de alguns paranoicos?
Antes que dê sequência ao texto, quero aqui lembrar algumas ocorrências em países da América Latina.
Honduras
Lembram-se do chapeludo Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras? Tentou dar um golpe e foi destituído, segundo o que estabelece a Constituição hondurenha, o que foi referendado pela Justiça do país. Os bolivarianos se levantaram em sua defesa, com o apoio do Brasil, e tentaram insuflar uma guerra civil no país. Não deu certo. O Brasil se negou, por um bom tempo, a reconhecer o presidente eleito legitimamente que se seguiu ao transitório. No fim das contas, que importância havia no fato de que Zelaya tentara rasgar o texto constitucional, sendo contido pela própria Constituição? O Brasil manteve o seu apoio ao aloprado mesmo quando ele começou a dizer que os judeus estavam perturbando a sua mente com aparelhos que emitiam ondas malignas. Sim, o petismo já se meteu nesse lixo.
Equador-Colômbia
Comprovadamente, o Equador violava leis internacionais e dava abrigo às Farc. A Colômbia atacou um acampamento de narcoterroritas em solo equatoriano — e cumpria indagar quem, de fato, agredia quem, não é? O Brasil se solidarizou com Rafael Correa, o acoitador de terroristas do Equador. As leis que se danassem. Marco Aurélio Top Top Garcia chegou a prever, então, o “isolamento” do presidente Alvaro Uribe no Continente. O Brasil exigia que a Colômbia se desculpasse por ter sido… agredida! Correa deu início a uma implacável perseguição da imprensa livre em seu país.
Paraguai
Fenando Lugo foi deposto no Paraguai segundo a Constituição do país. Se o Brasil não gosta dela, isso é outra história. É possível que alguns países não gostem da nossa. Dilma não quer nem saber. Deu de ombros para o fato de que o país tem uma ordem constitucional e um Poder Judiciário e decidiu puni-lo, suspendendo-o do Mercosul. Fez isso em parceria com Cristina Kirchner (que acaba de estropiar a Justiça em seu próprio país). Com o Paraguai suspenso, aprovou-se o ingresso na Venezuela no grupo.
Venezuela
O Brasil apoiou todos os sucessivos golpes na democracia dados por Chávez por intermédio de eleições. O mais recente escândalo legal do chavismo foi a posse interina de Nicolás Maduro, o que viola, atenção!, até mesmo a Constituição bolivariana. O Brasil não viu nada de errado no processo.
Nicarágua
Na Nicarágua, o orelhudo Daniel Ortega deu um golpe institucional pelo caminho judicial. Também ele conseguiu abrir caminho para a reeleição ilimitada. O artigo 147 da Constituição do país proibia expressamente a reeleição. Estava escrito lá: “El que ejerciere o hubiere ejercido en propiedad la Presidencia de la República en cualquier tiempo del período en que se efectúa la elección para el período siguiente, ni el que la hubiera ejercido por dos períodos presidenciales.” Alguma dúvida a respeito disso? O que fizeram os “magistrados sandinistas” (essas duas palavras são tão compatíveis como “pérolas e porcos”) da Suprema Corte de Justiça? Declararam a restrição sem efeito. Simples assim! O país tem uma Constituição, e uma parcela do Judiciário diz que parte dela não vale mais. Pronto!
Bolívia
Evo Morales também não está nem aí para as leis, digam elas respeito aos bolivianos ou aos vizinhos, especialmente o Brasil. Rasgou contratos de fornecimento de gás e impôs reajuste unilaterais de preço, tomou uma refinaria da Petrobras num assalto militar, mantém sequestrados 12 brasileiros… O BNDES lhe emprestou dinheiro para construir uma estrada que facilita o transporte de folha de coca. E não é para mascar.
Argentina
Cristina Kirchner anda descontente com algumas decisões do Judiciário. Não teve dúvida, resolver impor uma reforma. Agora, uma parte do Conselho da Magistratura será escolhida em eleições diretas. O projeto, que já tinha sido aprovado pelo Senado, também dificulta a concessão de liminares contra decisão do Estado.
O Foro de São Paulo existe?
Existe, sim! E como! Hoje, 16 países são governados por forças políticas que têm assento naquela instância: além do Brasil, há Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. A secretaria-geral está a cargo do PT, e seu representante é Valter Pomar, da ala esquerda do petismo e membro da Executiva Nacional do partido
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Atenção! enfrentar o judiciário, quebrar a espinha dos juízes, submeter a Justiça ao poder político é uma agenda do Foro de São Paulo. Trata-se de uma diretriz. Não é por acaso que o governo brasileiro, nos casos acima, tenha se solidarizado sempre com os bandidos contra os mocinhos… É claro que recorro a uma ironia. Em política, as lados não são assim tão puros. A pergunta que faço, então, é a seguinte: os petistas escolheram a democracia nesses confrontos? A resposta é óbvia: não!
Assim, cumpre não ser ingênuo. Quando o senhor Nazareno Fonteles propõe uma emenda como aquela, está, na verdade, se adequando a uma diretriz que é supranacional: eliminar o que eles chamam por lá de “bolsões reacionário dos respectivos Poderes Judiciários” da América Latina é uma tarefa. O PT não logrou conseguir o que pretendia com a simples nomeação de pessoas consideradas aliadas da causa. Quer criar um mecanismo estrutural que garanta a fidelidade do Poder ao partido.
José Dirceu e suas milícias na Internet acusam a imprensa de “intimidar” os ministros do Supremo. Ou, então, dizem que os próprios ministros se deixam influenciar pela “mídia”. O plano de encabrestamento do Judiciário, por aqui, era mais sutil. Mas não deu tão certo como pretendiam. Aí alguém decidiu que era chegada a hora de se inspirar nos “companheiros” do Foro e perder a timidez; era chegada a hora do assalto mesmo.
Ah, sim. O próximo encontro do Foro já está marcado: de 30 de julho a 4 de agosto. Em São Paulo.
Por Reinaldo Azevedo

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